Pesquisadores da Universidade da Geórgia, nos Estados Unidos, criaram uma nova categoria de geradores elétricos miniaturizados que são capazes de gerar energia a partir do movimento e que poderão equipar uma nova geração de implantes médicos, próteses inteligentes e até mesmo equipamentos eletrônicos portáteis.
Esta é a quarta geração de geradores elétricos flexíveis criados a partir do desenvolvimento, em 2006, de nanoestruturas de óxido de zinco, cujas propriedades piezoelétricas são exploradas para extrair eletricidade do movimento.
Bombas flexíveis de carga
Seu criador, o Dr. Zhong Lin Wang, chama esses nanogeradores de "bombas flexíveis de carga," segundo ele mais uma opção para a conversão de energia mecânica em energia elétrica.
Com a grande vantagem de suas dimensões muito pequenas, o que as torna adequadas para operar em equipamentos médicos, sensoriamento, monitoramento ambiental e na eletrônica pessoal.
A nova versão do nanogerador produz uma corrente alternada de até 45 miliwatts por módulo, convertendo quase 7% da energia mecânica aplicada aos fios de óxido de zinco diretamente em eletricidade.
Problema da infiltração de umidade
A vantagem desta nova geração é que as nanobombas geradoras de carga elétrica não dependem mais de um contato intermitente entre os nanofios de óxido de zinco e os eletrodos, o que simplificou sua fabricação e aumentou enormemente sua vida útil.
"O novo design é mais robusto, eliminando o problema da infiltração de umidade e o desgaste das estruturas. De um ponto de vista prático, esta pode ser uma vantagem essencial," explica Wang.
É possível obter maiores tensões e correntes elétricas construindo-se diversos nanogeradores e fazendo-os operar em série ou em paralelo. Devido às suas minúsculas dimensões, é possível embuti-los entre as fibras dos tecidos das roupas, nos sapatos, ou mesmo diretamente no corpo humano.
Bibliografia
Power generation with laterally packaged piezoelectric fine wires
Rusen Yang, Yong Qin, Liming Dai, Zhong Lin Wang
Nature Nanotechnology
Vol.: Advance online publication
DOI: 10.1038/nnano.2008.314
(Inovação Tecnológica, 21/11/2008)