“Sou freqüentadora assídua do Parque Farroupilha, onde costumo caminhar em companhia da minha cadela, de raça labrador. Ultimamente, tem acontecido uma pressão muito grande por parte da Smam para que não andemos mais com nossos cães fora da guia, dando-nos a opção de soltá-los em uma área delegada pela secretaria como cachorródromo.
Ao me dirigir pela primeira vez a esse local, deparei-me com uma área suja, cheia de moradores de rua e com pouca iluminação. Será que a Smam quer se valer da nossa presença para forçar a saída de moradores de ruas, traficantes e travestis por intimidação?
Quando questiono por que não existe tanta fiscalização com relação a pessoas mal-intencionadas que freqüentam o parque, os mesmos me mandam entrar em contato com a Brigada Militar. Enfim, todos os dias, discussão e ofensas tornaram-se rotina entre fiscais da Smam e freqüentadores do cachorródromo. E o mais triste é que os maus freqüentadores continuam por lá, sem obstáculo algum! Isso tem gerado uma reação muito negativa entre pessoas que elegeram a área entre o chafariz e o lago como o cachorródromo por adoção. ”
A leitora pergunta: por que o cachorródromo não é oficializado no local adotado pelos donos de cães?
Luiz Alberto Carvalho Junior, supervisor de Praças e Parques da Smam, responde:
O local mais adequado é o destinado pela Smam. O eixo central, onde fica a área reivindicada pelos donos de cães, é tombado, logo, não poderia receber uma intervenção, como um cercamento parcial. Para consagrar o cachorródromo, vamos investir na área.
ZH Bom Fim – Em maio, em entrevista ao ZH Bom Fim, o senhor falou em um projeto que prevê cercamento, iluminação e placa indicativa. Como está o andamento?
Carvalho Junior – Na época, não tínhamos recurso para isso. Com a adoção do parque (pela Pepsi e pela Sinergy), agora, temos. O projeto deve sair do papel em 2009. Falta o detalhamento da sua delimitação, mas deve ter cerca de mil metros quadrados. Por enquanto, estamos cuidando da restauração da fonte luminosa, que deve levar uns dois meses para ficar pronta.
(Texto enviado pela leitora Valéria Chaves, ZH, 21/11/2008)