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desmatamento da amazônia
2008-11-20
Certo é, apenas, que em algum momento a devastação leva à seca

Cientista do Instituto Max Planck estuda o clima há 30 anos.

Meinrat Andreae, climatologista e diretor do Instituto Max Planck de Química, da Alemanha, apresentou um panorama cheio de incertezas da ação humana sobre a floresta no Congresso Internacional Amazônia em Perspectiva que acontece até quinta-feira (20), em Manaus, reunindo quase mil pesquisadores e estudantes da biodiversidade e do uso da terra na Amazônia.

“O desmatamento causa perturbações não-lineares e imprevisíveis no regime de chuvas”, alerta o cientista. Estudos selecionados pelo alemão apontam que as precipitações em áreas desmatadas podem crescer num primeiro momento e depois diminuir, cair linearmente ao longo do tempo ou até apresentar uma queda brusca seguida de redução mais moderada. Certo é, apenas, que a tendência é de diminuição, algo que a longo prazo pode ser fatal para o bioma amazônico, já que ele depende fundamentalmente de seu ciclo hidrológico para se renovar.

Ainda assim, Andreae, que estuda a interação da biosfera com a atmosfera há mais de 30 anos, com ênfase na ação dos aerossóis, destaca que observações de curto prazo mostram que a floresta poderia se beneficar da falta d’água: “Na seca de 2005 foi verificado que precisamente nas áreas mais secas as plantas estavam mais verdes. As plantas tinham mais luz, pois havia menos nuvens no céu, e havia água suficiente, já que a seca não foi muito prolongada, de modo que elas puderam aumentar a fotossíntese”. O alemão lembra ainda que, no passado, a selva tinha menos água. “Entre 4.000 e 8.000 anos atrás a Amazonia era mais seca”, cita.

Por outro lado, com a redução da umidade da floresta, ela fica também mais suscetível às queimadas: “A maior parte da Amazonia é tão úmida que você pode jogar napalm nela que ela não vai pegar fogo. Mas num período mais seco, partes maiores da floresta ficam suscetíveis ao fogo. Cada queimada reduz a umidade da floresta e a deixa mais exposta a novas queimadas”.

As queimadas e sua emissão de gases aerossóis têm outra forma de influência sobre as chuvas – os aerossóis servem de núcleo para a formação de gotas de chuva. No entanto, quando presentes em grande concentração, levam o vapor d’água para camada mais altas da atmosfera, onde forma granizo. Ao congelar, a água perde energia, o que altera o ciclo natural também de forma imprevisível.

(Por Dennis Barbosa, Globo Amazônia, G1, 19/11/2008)

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