O consórcio Energia Sustentável do Brasil (Enersus) não iniciou a construção do canteiro de obras da hidrelétrica de Jirau, uma das usinas do rio Madeira, em Rondônia. O motivo foi a não publicação da licença, anunciada na última quinta-feira, pelo Instirtuto Brasileiro do Meio Ambiente e Recursos Naturais Renováveis (Ibama).
A empresa diz que não é possível iniciar a obra "com base em uma entrevista coletiva", referindo-se ao anúncio, por parte do presidente do Ibama Roberto Messias, de que as obras estariam liberadas.
De acordo com informações do jornal Folha de S. Paulo, os termos foram discutidos nos últimos três dias e os técnicos não se opuseram à mudança do local da usina e nem se aprofundaram nos impactos dos diques. Os dois diques principais medem 1.600 metros de comprimento e quase 27 metros de altura cada.
Licença para Jirau A licença foi anunciada na quinta-feira (13) pelo Ibama ao consórcio Energia Sustentável para a construção de Jirau. Trata-se de uma licença parcial, apenas para a criação do canteiro de obras, mas que permite que a construção comece mesmo sem a concessão da Licença de Instalação (LI). Essa licença parcial inexiste nos procedimentos oficiais de licenciamento.
Além da concessão da licença parcial, Jirau é alvo de polêmica devido à mudança de local de construção da usina. O consórcio anunciou que vai construir a usina a nove quilômetros de distância do local original e nessa nova localidade não foram feitos estudos de impacto ambiental. Além disso, com a mudança, a barragem vai alagar uma área maior do que a anterior.
(Amazonia.org.br, 19/11/2008)