Animal fugiu de sua casa, onde era criado desde a década de 80.
Há 20 anos, a rotina do militar aposentado Gentil Scherer, 78 anos, era a mesma: ao acordar, ele ia ao pátio de casa ver como havia sido a noite de Chico. Mas tudo mudou desde que o macaco-prego, que lhe fora dado de presente na década de 80, desapareceu.
O sumiço causou alvoroço na Vila Carmen, em Passo Fundo. As vizinhas ajudam a procurar um dos mais populares moradores do local. Scherer foi a jornais e emissoras de rádios da cidade pedir ajuda. Muitas pessoas ligaram para dar pistas, mas nada foi confirmado.
— A gente se apega e, depois, fica difícil se separar — diz Scherer.
Em 2002, Scherer foi multado pelo Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) e comunicado de que teria de devolver o animal, já que a lei impede que pessoas tenham animais silvestres sem autorização. Desde então, o aposentado ficou como fiel depositário até que Chico fosse levado a outro local.
— Assim que o animal for encontrado, deverá ser entregue ao Ibama — salientou Dalzir Navarini, fiscal regional do órgão em Passo Fundo.
Apesar de saber que não poderá ficar com Chico, Scherer continuará procurando o amigo. Enquanto isso, se distrai lembrando da rotina com o velho companheiro.
Preste atenção: A bióloga responsável pelo zoológico da Universidade de Passo Fundo (UPF), Simone de Fátima Nunes, alerta que quem avistar o animal deve procurar, imediatamente, os órgãos competentes.
Apesar de não ser agressivo, o macacoprego pode se sentir ameaçado, e atacar para se defender.
Informações, contatar o Ibama em Passo Fundo, pelo telefone (54) 3312-2586
(Por Leandro Belles, ZH, 19/11/2008)