A mudança no local de construção da Usina Hidrelétrica de Jirau, no Rio Madeira (RO), não vai causar impactos ambientais maiores na região do que os previstos anteriormente. A conclusão é do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama).
O presidente do órgão, Roberto Messias, anunciou nesta quinta-feira que a licença de instalação para o canteiro de obras da Usina será publicada amanhã.
Segundo Messias, os estudos realizados pelo Ibama mostraram que o impacto ambiental gerado pelo novo projeto é semelhante ao previsto anteriormente.
- A diferença na localização não significou nenhuma piora comprometedora - afirmou.
A mudança no local da construção da Usina foi anunciada pelo consórcio Energia Sustentável do Brasil, logo após ter sido anunciado vencedor do leilão do empreendimento. Segundo o consórcio, a medida deve diminuir os custos e também os impactos ambientais, além de acelerar o cronograma da obra.
Messias garantiu que, apesar da pressão dos empreendedores para que a licença fosse concedida antes do início das chuvas no Norte do país, o trabalho do Ibama não foi comprometido.
- Temos um cuidado extremos com o patrimônio natural, e não fomos açodados [apressados] - disse.
De acordo com o presidente do Ibama, se alguma condição imposta aos empreendedores não for cumprida, a licença poderá ser revogada.
A Agência Nacional de Águas (ANA) já autorizou a construção da ensecadeira (contenção das águas do rio durante o processo de instalação da usina ) e a retirada de água do Rio Madeira para atender às necessidades do canteiro de obras. Mas, segundo o Presidente da ANA, José Machado, a outorga final para a obra vai depender da apresentação de um projeto para a construção de eclusas no local.
- Queremos saber se o empreendedor contemplou no seu projeto uma solução para o transporte [fluvial] - disse.
A outorga da ANA é necessária para que o Ibama possa conceder a licença de instalação para todo o empreendimento.
(Agência Brasil
, Jornal do Brasil Online, 13/11/2008)