Vinte municípios baianos decretaram estado de emergência.
Estiagem de sete meses agravou situação das queimadas.
Na Bahia, a falta de chuva e, muito provavelmente, a ação do homem provocaram o pior desastre ecológico dos últimos 20 anos na Chapada Diamantina. São 20 municípios em estado de emergência.
A Chapada Diamantina arde sobre uma densa cortina de fumaça. São dezenas de queimadas, muitas em lugares inacessíveis. Os primeiros focos de incêndio surgiram em agosto e, segundo o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), foram provocados por garimpeiros ou caçadores.
A estiagem de sete meses agravou a situação. Cerca de 300 bombeiros e voluntários trabalham no combate ao fogo.
Quatro aviões pequenos e um Hércules da Força Aérea Brasileira (FAB) estão jogando água misturada a um produto químico nos focos, na tentativa de retardar o avanço do fogo. Do helicóptero, a água atinge lugares onde o homem não consegue entrar.
Por onde se olha, nas encostas e no alto dos morros, o que se vê são as marcas da devastação causada pelo fogo. O Ibama calcula que pelo menos metade do Parque Nacional da Chapada Diamantina virou cinzas e carvão. Os ambientalistas temem que espécies raras de plantas e flores tenham desaparecido para sempre.
Os arbustos e árvores maiores vão levar de cinco a 15 anos para devolver à Chapada o verde e o colorido da mata nativa.
(Com informações do Jornal Nacional, G1, 13/11/2008)