Pó usado para a fixação do calçamento não dá sossego a quem vive no local histórico.
Os moradores da Vila Belga, em Santa Maria, com esperança de ver a região revitalizada, estão tendo de conviver com os efeitos causados pelas obras em andamento. Desde que a primeira etapa começou, em outubro, alguns problemas ocorreram, como o rompimento de um cano de abastecimento de água e o aparecimento de rachaduras nas casas. A principal reclamação, no momento, é a poeira das vias que já tiveram o asfalto retirado.
A Rua Ernesto Beck é uma das mais afetadas. É comum que pedestres precisem se proteger do pó espalhado pelo vento e pelo tráfego de veículos. A dificuldade é enfrentada por trabalhadores e moradores, que têm de se acostumar com a sujeira, inclusive, dentro de casa.
O que diz a prefeitura
O coordenador do projeto e arquiteto do Escritório da Cidade, Fernando Fert, explica que a etapa em andamento prevê a remoção do asfalto e a recuperação do pavimento original de basalto irregular.
Segundo o engenheiro da prefeitura, Elmo Roque Bortolotto, que fiscaliza as obras na Vila Belga, alguns segmentos das ruas não tinham mais o pavimento original. Uma camada de pó de pedra foi colocada nesses pontos para, posteriormente, rejuntar o novo calçamento.
A poeira seria causada pelo material excedente, mas o engenheiro acredita que, em um mês, deve se dissipar.
A Vila Belga foi erguida, no início do século passado, para abrigar os funcionários da Compagnie Auxiliaire de Chemins de Fer au Brésil, concessionária dos serviços ferroviários no Estado.
(Por Vinícius Dias*, Diário de Santa Maria, ZH, 13/11/2008)
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