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madeireiras madeira certificada
2008-11-13

A crise mundial que começou nos Estados Unidos e teve efeito dominó em outros países afeta diretamente a demanda por produtos madeireiros das indústrias paraenses.  No primeiro semestre deste ano, as exportações deste setor já acumularam queda de mais de 20%, devido à redução na produção, provocada por falta de matéria-prima legal para funcionamento completo dos pátios das empresas.  E agora, soma-se a isso, o medo dos clientes internacionais em comprar nesse momento.  As palavras de ordem no setor são profissionalização e criatividade para superação dos entraves que se tornaram cotidianos na indústria.

"Agora temos uma nova realidade em que apesar de já termos uma queda na produção, pelos motivos anteriores, a queda na demanda é ainda maior, basicamente pelo temor dos clientes.  Essa realidade já é sentida pelos exportadores, e começa a ser também nas empresas que vendem no mercado nacional", avaliou Wagner Kronbauer, presidente da União das Entidades Florestais do Pará (Uniflor).  "Mas já passamos por situações difíceis no passado e conseguimos superá-las, pois nossos empresários são competentes e criativos", ponderou Justiniano Netto, diretor executivo da Associação das Indústrias Exportadoras de Madeira do Estado do Pará (Aimex).

Para o setor contornar os impactos da crise financeira atual na produção, a ajuda principal tem uma origem: o governo federal.  "Em princípio, o governo estadual nada pode fazer a respeito da crise financeira, só quem pode realmente ajudar é o Banco Central, Ministério da Fazenda e bancos oficiais.  Reduzir juros e aumentar o prazo para pagamento de impostos seriam boas medidas.  Porém, o que o governo estadual deve fazer é acelerar a implantação de políticas que estimulem e dêem segurança jurídica para a produção florestal sustentável no Estado, pois com visão de longo prazo as empresas podem planejar o futuro e olhar além da crise", sugeriu Wagner.

Exportações brasileiras - As exportações de madeira são quase 60% com valor agregado, um avanço registrado nos últimos anos.  Os países que mais compram os produtos madeireiros do Pará são os Estados Unidos e os da União Européia.  E o Estado de São Paulo é o principal consumidor interno - cerca de 20% do total comercializado.  "A China, embora seja uma grande cliente das comodities brasileiras, não compra produto de valor agregado.  A visita da governadora a este país, portanto, não é uma solução pro setor florestal", exemplificou o presidente da Uniflor.

Sobre os tempos de crise mundial, ele explica ainda que a crise se baseia no setor financeiro norte-americano e os primeiros reflexos são nas bolsas de valores, esse é instantâneo.  "Na economia real, sobretudo na brasileira, somente agora é que vamos começar a sentir os efeitos desta crise que muda a realidade do crédito, e consequentemente do consumo, daqui para frente", salientou Wagner.

Emprego do setor - Estudo recente doDepartamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese/PA) sobre a trajetória do emprego formal na indústria da madeira apontou saldo positivo de 173 postos de trabalho, em setembro, em relação ao mês anterior.  Para Uniflor, não pode ser considerado um aumento de empregos, porque a safra se inicia nesses meses e o aumento de emprego, consequentemente, deveria ser maior.  "O setor já perdeu cinco mil empregos diretos este ano, isso quer dizer uns 20 mil, se considerarmos os indiretos.  Se quisermos extrapolar e considerar os não-formais, que infelizmente existem e devem ser 50% (como em todo o Brasil), podemos deduzir 40 mil vagas a menos.  Esse é o dado", afirmou Wagner.

Para Netto, o que precisa mudar, de imediato, é o cenário de dificuldade para liberação dos planos de manejo, e toda a burocracia dos licenciamentos no âmbito do órgão ambiental estadual, além dos contratos de transição previstos na gestão de florestas públicas em níveis federal e estadual.  "Esta burocraciaimporta em custo de transação às empresas.  Mais do que nunca, o governo precisa resolver os gargalos ambientais e fundiários para que as empresas possam se preocupar única e exclusivamente com a crise internacional, gastando sua energia para superá-la.  Não podemos mais perder tempo com problemas de gerenciamento interno que há muito deveriam ter sido resolvidos", apontou.

Wagner frisou que não é possível mensurar os reflexos da crise no emprego na indústria da madeira em setembro, pois nem o setor financeiro começou a demitir ainda.  "Todos os dados do ano, até setembro, mostrarão aumento de emprego, de arrecadação, do Produto Interno Bruto (PIB), etc. Outubro é possível que não mude muita coisa.  Precisamos esperar para ver os dados do primeiro e segundo trimestre de 2009, pois olhar no retrovisor não adianta", alertou.

(Portal Cultura, Amazonia.org.br, 13/11/2008)


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