As emissões de gases do efeito estufa do Japão no último ano fiscal, que terminou em março, subiram ao recorde de 1,37 bilhão de toneladas de dióxido de carbono, superando os limites fixados pelo Protocolo de Kioto. Segundo o relatório publicado nesta quarta-feira (12) pelo Ministério do Meio Ambiente japonês e citado pela agência "Kyodo", esse aumento representa um valor 8,7% acima do nível de 1990, ano de referência marcado pelo Protocolo de Kioto.
Em relação ao ano fiscal anterior, as emissões de dióxido de carbono cresceram 2,3%, devido a um aumento nos trabalhos nas unidades de energia elétrica térmica, que emitem mais dióxido de carbono que as usinas hidrelétricas. Outra razão foi a suspensão de uma unidade de energia nuclear em Niigata, noroeste do Japão, por causa de um terremoto em 2007, o que provocou um aumento das emissões de gases do efeito estufa no setor industrial, empresas e casas.
Por setores, nas casas japonesas, as emissões aumentaram 8,4%, diante do maior uso de ar condicionado no verão, e na área industrial aumentaram 3,6%. O Protocolo de Kioto solicitava ao Japão que diminuísse suas emissões de gases do efeito estufa em 6% entre 2008 e 2012, comparado aos níveis de 1990.
(G1, 12/11/2008)