Representantes de entidades gestoras de recursos hídricos de todo o País, titulares dos governos federal, estaduais e municipais e representantes da sociedade civil organizada. Atores envolvidos e comprometidos com a preservação de um mesmo bem: a água.

Diante do crescente desafio de garantir água de boa qualidade e em quantidade suficiente para a atual e para as futuras gerações, representantes de órgãos e entidades públicas e privadas se reuniram na noite dessa segunda-feira (10), no Rio de Janeiro, para tratar de um tema comum a todos: a gestão dos recursos hídricos brasileiros. Nesse clima, o X Encontro Nacional de Comitês de Bacias Hidrográficas reuniu, num único espaço, cerca de 1200 participantes, que acompanharam atentamente os pronunciamentos das autoridades feitos durante a abertura oficial do evento.

A mesa de boas-vindas contou com a presença de diversas autoridades: José Machado, diretor-presidente da Agência Nacional de Águas (ANA); Lupércio Ziroldo Antonio, coordenador-geral do Fórum Nacional de Comitês de Bacias Hidrográficas; Luiz Firmino Ferreira, presidente da Fundação Superintendência Estadual de Rios e Lagoas do Estado do Rio de Janeiro (Serla); Hugo Canelas, presidente da Rede Brasil de Organismos de Bacia (Rebob); Marilene Ramos, secretária Estadual de Ambiente; entre outros. Na platéia, representantes de inúmeros comitês de bacias hidrográficas estaduais e federais e de outras entidades afeitas à temática fizeram frente aos temas abordados.

Muito foi falado durante os momentos da abertura. Para o diretor-presidente da ANA, José Machado, o Brasil pode e deve se orgulhar de ter um Sistema Nacional de Informações sobre Recursos Hídricos (Snirh) em constante atualização. “Mas vamos além. Daremos continuidade às políticas voltadas aos recursos hídricos e à correta aplicação dos instrumentos da Política Nacional de Recursos Hídricos. Temos que crescer e ocupar mais nosso território, mas de maneira sustentável, respeitando, principalmente, nossos recursos naturais”, afirmou Machado. Ainda segundo ele, a sociedade brasileira precisa se envolver mais nessa temática, por meio dos comitês de bacias hidrográficas, “verdadeiros parlamentos das águas”, completou.

Atualmente existem 158 comitês instalados e em funcionamento em 18 Estados do País. Esse total representa apenas 30% da capacidade de instalação e operação de comitês de bacias hidrográficas em todo território nacional. Os 70% restantes se localizam, especialmente, nas regiões Centro-Oeste e Norte, onde já se percebem movimentos em prol da instalação dessas instâncias.

O X Encontro Nacional de Comitês de Bacias Hidrográficas segue até sexta-feira (14), promovendo o amplo debate em torno dos recursos hídricos brasileiros. A Agência Nacional de Águas é uma das instituições apoiadoras do evento e promove, gratuitamente, mini-cursos sobre técnicas de elaboração e acompanhamento de projetos; sistemas de informação sobre recursos hídricos; enquadramento de corpos d’água; planos de bacia hidrográfica e outorga de direito de uso de recursos hídricos.

(Por Carol Braz, Ascom ANA, 10/11/2008)