Segundo Polícia Rodoviária Federal, acidentes aumentaram 18%.
Motorista deve ter atenção redobrada, principalmente à noite.
No pátio do hospital-veterinário da Universidade Federal de Mato Grosso, siriemas, tamanduás-bandeira e jaguatiricas se recuperam de atropelamentos sofridos nas rodovias do estado. “Nós temos muitos casos, e a maioria morre”, relata a veterinária Cristina Helena Alves.
Foi o que aconteceu com uma onça-parda que atravessava a BR-163, próximo a Rondonópolis, no sul do estado. Ela não resistiu aos ferimentos e morreu no local.
Segundo a Polícia Rodoviária Federal (PRF), este ano mais de 3 mil animais foram atropelados em todo o Brasil. Em Mato Grosso, de janeiro a outubro, o número de acidentes com animais silvestres aumentou. Foram 18% a mais, em relação ao mesmo período do ano passado.
Mas de acordo com a PRF, os números não refletem a totalidade dos casos, pois pouca gente registra acidentes envolvendo animais. Então, para quem está nas estradas, a orientação dos patrulheiros é atenção redobrada, principalmente, à noite. É nesse período que os animais silvestres saem para se alimentar, e o risco de acidente aumenta.
“Se o motorista atropelar um animal de pequeno porte e constatar que o animal morreu com o atropelamento, ele deve procurar retirá-lo da rodovia, para que não haja um novo acidente, com um motociclista ou até um veículo pequeno. Se for um animal de grande porte, o motorista deve acionar imediatamente a Polícia Rodoviária Federal e fazer o boletim de ocorrência, para que a gente possa ter as estatísticas reais desses acidentes”, pede o inspetor da Polícia Rodoviária Federal Vanderlei Munhoz.
(Globo Amazônia, com informações do Bom Dia Brasil, G1, 10/11/2008)