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emissões de co2 política ambiental de portugal
2008-11-11

Portugal pode reduzir em 15 por cento as suas emissões de dióxido de carbono em 2020 nos sectores da energia, transportes e edifícios com a ajuda das tecnologias de informação e comunicação (TIC) e, com isso, poupar 2,2 mil milhões de euros por ano, o equivalente a 11,9 milhões de toneladas de CO2.

A redução seria suficiente para o país cumprir a meta do protocolo de Quioto para 2012 e as metas em discussão para 2020, segundo o estudo Smart Portugal 2020, do Boston Consulting Group (BCG), a apresentar hoje no Congresso da Associação Portuguesa para o Desenvolvimento das Comunicações (APDC).

Para essa redução estimada, são identificadas cinco grandes medidas a desenvolver, nas quais o envolvimento das TIC é considerado "crucial" e que vão desde a transmissão das emissões dos automóveis em tempo real a sistemas inteligentes de contagem da energia eléctrica, soluções tecnológicas para maior eficiência dos edifícios, gestão de engarrafamentos de trânsito e sistemas logísticos.

Cerca de 1,4 milhões de toneladas de CO2 podem ser evitadas se, de acordo com o estudo, forem introduzidos sistemas de gestão de congestionamento de trânsito nos grandes centros urbanos do país, à semelhança do que é feito em Londres, com tarifas de congestionamento com os controlos à entrada, a fixação de preço em tempo real e o software de processamento de dados de trânsito.

Mais um milhão de toneladas pode ser evitado através da iniciativa "emissor-pagador" (pay-as-you-emit), que permitirá a monitorização em tempo real e contagem das emissões (também) reais, combinada com uma reforma da tributação automóvel que penalize os automóveis mais poluentes. As medidas propostas no Orçamento do Estado para 2009 vão neste sentido.

A adopção alargada de software de optimização da logística pode também poupar, segundo o mesmo relatório, cerca de 1,5 milhões de toneladas de emissões de CO2, sobretudo provenientes de menos gastos com combustível.

Estes valores não entram em conta com a anunciada introdução do carro eléctrico no país, já que o seu impacto será a longo prazo, não devendo representar mais de três por cento da frota total em 2020, face às previsões do Governo.

Outros 1,1 milhões de toneladas podem vir de uma melhor condução. Por isso, o BCG recomenda cursos de formação para condutores de modo a terem um estilo de condução menos poluente. O contributo das TIC viria principalmente da introdução de simuladores para condutores profissionais e cidadãos em geral.

O sector energético, através do desenvolvimento da nova geração de redes, pode poupar 2,3 milhões de toneladas, usando para isso, por exemplo, contadores inteligentes e novos equipamentos de transmissão de informação entre produtores e consumidores, quando estes passam a ser também a ser produtores, com a microgeração.

Edifícios com consumos energéticos mais eficientes podem poupar 1,9 milhões de toneladas com equipamentos domésticos menos "energívoros" quando estiveram no "descanso", controlos automatizados da iluminação, ar condicionado e electrodomésticos e monitorização dos consumos em tempo real, com avisos e respostas do sistema.

Com estas cinco medidas, referentes aos três grandes sectores emissores de gases com efeito de estufa, ficará cumprida 77 por cento da redução, ficando o resto entregue a outras iniciativas, diz o estudo do BCG, que replica para o caso português um primeiro trabalho da consultora feito a nível mundial. O valor das poupanças entra em conta com os custos evitados de emissões de CO2 e o consumo evitado de energia por parte do consumidor final.

Os resultados para Portugal revelaram que o potencial de redução de emissões de CO2 é coincidente com os valores internacionais - 15 por cento - e reafirmam o potencial de redução global das emissões equivalente a 10 vezes a pegada carbónica das TIC em 2020. A nível internacional, estas são responsáveis por 2,7 por cento do total das emissões. No caso português, esse valor é mais baixo (1,2 por cento), o que se deve ao facto de o país importar a grande maioria dos equipamentos.

(Por Lurdes Ferreira, Ecosfera, 11/11/2008)


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