Rio de Janeiro - A Indústrias Nucleares do Brasil (INB) divulgou nesta quinta-feira (5) nota em que se defende das acusações da organização não-governamental Greenpeace de que a água das redondezas de Caetité (BA) estaria contaminada por urânio, devido a excesso do mineral em poços da empresa.
Segundo a INB, análises realizadas pelo Instituto de Gestão das Águas e Clima (Inga) comprovou que a presença de urânio nos poços da área de mineração da estatal está restrita a um único poço, localizado a 10 quilômetros da mineração e tem índices 10 vezes inferiores ao limite máximo permitido.
A empresa garantiu que a dose do urânio detectada – de 0,03 milisievert - é 10 vezes inferior ao limite estabelecido para a atividade de mineração pela Comissão Nacional de Energia Nuclear, que é de 0,3 milisievert.
Na nota, a INB sustenta que ainda não foi possível avaliar o causador da contaminação na região de Caetité e que os resultados preliminares não indicam se a contaminação encontrada foi provocada pela atividade de mineração ou se é natural, devido à presença do urânio no solo da região. “A radioatividade presente na água pode vir de contaminação natural pela situação geológica do local”, registra o Inga, em seu relatório.
A INB disse, ainda, que as análises demonstraram não haver nenhuma concentração maior do mineral em outros poços. “Portanto, as águas não representam nenhum risco à saúde da população, pois, segundo especialistas, é normal que numa região uranífera, o teor do mineral seja mais elevado em alguns pontos que em outras”.
(Por Nielmar de Oliveira, Agência Brasil, Envolverde, 07/11/2008)