Desde o alvorecer da civilização humana, há cerca de 5.000 anos, foi ao longo das últimas décadas que as mudanças climáticas se mostraram mais pronunciadas, como revelam os trabalhos de pesquisadores americanos realizados no Ártico e no Atlântico Norte e publicados nesta quinta-feira (6).
"O aquecimento que nós observamos é sem precedentes na história humana", destaca o oceanógrafo da Universidade Cornell (Nova York, leste) Charles Greene, principal autor desse estudo publicado na edição de novembro do periódico "Ecology".
Se essas mudanças continuarem, no Ártico e no Atlântico Norte, as modificações na circulação das águas oceânicas podem acontecer em escala global, com conseqüências potenciais importantes no clima mundial e na biosfera, alertam os cientistas.
Nos últimos 50 anos, o derretimento dos bancos de gelo árticos e das geleiras precipitou, periodicamente, o escoamento de água fria e pouco salinizada do oceano Ártico no Atlântico Norte.
Esse fenômeno mexeu com ecossistemas até a Carolina do Sul e do Norte (sudeste dos EUA), provocando amplos deslocamentos geográficos de várias espécies vegetais e animais, de acordo com a pesquisa.
Algas microscópicas comuns no Oceano Pacífico também reapareceram no Atlântico Norte nos últimos dez anos, após mais de 800.000 anos de ausência, completa o texto.
Esses pesquisadores analisaram os dados climáticos, com base em massas de gelo e camadas sedimentares dos últimos 65 milhões de anos. Nesse período, a Terra passou por vários episódios de aquecimento e resfriamento significativos, que foram bastante atenuados pela expansão e pela contração dos gelos árticos. (Fonte: Yahoo!)
(Ambiente Brasil, 07/11/2008)