O SENAI/SC, por meio da unidade de São Bento do Sul, é o responsável pela elaboração do regulamento, auditoria e certificação do Selo Biomóvel, uma iniciativa do Arranjo Produtivo Local Madeira e Móveis do Alto Vale do Rio Negro, que compreende as cidades de São Bento do Sul, Campo Alegre e Rio Negrinho.
O Selo Biomóvel será estampado em todos os móveis que forem projetados e produzidos de acordo com as exigências do Regulamento que criou o conceito Biomóvel, baseado nos conceitos de sustentabilidade, em que as indústrias ajustam seus processos de produção para fabricar um móvel que, além de atender a todos os requisitos de qualidade e bom gosto, também é ecologicamente correto. Para conseguir o Selo para seus produtos, a empresa deve atender a alguns critérios, como utilização de madeira renovável, colas e revestimentos não tóxicos, além de cumprir todas as exigências das legislações ambiental e trabalhista e não praticar e não comprar de fornecedores que usam trabalho infantil ou escavo.
Vinte e seis empresas do Arranjo Produtivo Local já foram certificadas pelo SENAI/SC e participarão do lançamento oficial do Selo Biomóvel nos dias 19 e 20 de novembro em São Paulo, no Hotel Bourbon Convention Ibirapuera. Haverá rodada de negócios e exposição de produtos e no dia 20 uma coletiva de imprensa com empresários catarinenses. As empresas certificadas são filiadas ao SINDUSMOBIL (Sindicato das Indústrias da Construção Civil e do Mobiliário de São Bento do Sul), SINDICOM (Sindicato das Indústrias da Construção Civil e do Mobiliário de Rio Negrinho), e ARPEM (Associação Regional da Pequena Empresa Moveleira). O selo Biomóvel também conta com a parceria do Sebrae.
O diretor do SENAI/São Bento do Sul, José Luiz de Oliveira, explica que o SENAI/SC é parceiro do Arranjo Produtivo Local Madeira e Móveis desde a sua criação e foi indicado como empresa responsável pela certificação das empresas candidatas ao Selo Biomóvel. Ele ressalta que o Selo prevê não somente a utilização de matérias-primas que não agridam o meio ambiente, mas também uma mudança que atinja todo o processo produtivo e as relações trabalhistas.
O vice-presidente da FIESC para o Planalto Norte, Arnaldo Huebl, destaca que o setor moveleiro da região já trabalha com madeira renovável, porém, não tão bem aceita no mercado interno quanto as essências nativas. Agora, com o Selo Biomóvel, o setor quer atingir esse público, oferecendo um produto de qualidade, com design diferenciado e produzido de forma ecologicamente correta. "Temos um pólo forte na exportação, mas queremos diversificar e atingir uma fatia do mercado interno, sem abandonar o externo", afirma Huebl.
(SENAI SC,
Adjorisc, 07/11/2008)