O ex-superintendente do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e Recursos Naturais Renováveis (Ibama) no Pará Paulo Castelo Branco teve seu último recurso judicial no Superior Tribunal de Justiça (STJ) extinto e deve ser preso em Belém. Castelo Branco foi condenado a cinco anos e quatro meses de prisão em regime semi-aberto e será preso assim que a sentença for comunicada à Justiça Federal em Belém.
O ex-superintendente foi condenado pela tentativa de extorquir R$ 1,5 milhão da empresa madeireira Eidai do Brasil S/A. Ele foi flagrado pela Polícia Federal (PF) no aeroporto de Brasília, em maio de 2000, no momento em que recebia uma mala com R$500 mil reais em dinheiro do diretor da madeireira, Takushi Sato, que havia gravado a extorsão e denunciado o caso, colaborando com a PF.
A decisão do STJ foi assinada no início de outubro, extinguindo o último recurso do réu. O ministro Napoleão Nunes Maia Filho considerou, na decisão, que o recurso dos advogados de Castelo Branco tinha o propósito de protelar a sentença condenatória.
A condenação ocorreu em agosto de 2002 pelo juiz federal Rubens Rollo D´Oliveira, que acusou o réu de desmoralizar o Ibama ao vender "uma imagem totalmente diferente dos ideais ambientalistas que prega, dando-se ao maquiavelismo de estabelecer propinas sobre áreas desmatadas irregularmente, e presidir um partido político de objetivos ambientalistas (Partido Verde)".
De acordo com o Ministério Público Federal, autor da denúncia, o empresário japonês Akihito Tanaka também foi condenado no processo a quatro anos de prisão em regime aberto, por ter intermediado as negociações entre Castelo Branco e Sato.
(Amazonia.org.br, 06/11/2008)