Além do "Navegando pelo Rio Grande", de Geraldo Hasse, outros três livros já lançados na 54ª Feira do Livro de Porto Alegre tratam especificamente sobre o tema ambiental. Ontem (05/11) ocorreu a sessão de autógrafos da obra ‘Jornalismo Ambiental: Desafios e Reflexões’, da Editora Dom Quixote e Núcleo de Ecojornalistas do Rio Grande do Sul (NEJ/RS), cujos organizadores Ilza Girardi e Reges Schwaab tiveram a missão de reunir 32 textos de 40 autores.
O livro aborda peculiaridades, problemas e possibilidades da cobertura sobre meio ambiente, como o emprego do conhecimento especializado para superar a visão fragmentária da realidade. Fruto dos debates do II Congresso Brasileiro de Jornalismo Ambiental, promovido pelo NEJ/RS em 2007, em Porto Alegre, o livro está dividido em duas partes. Na primeira, estão os textos dos jornalistas conferencistas; na segunda, as comunicações apresentadas sob a forma de trabalho científico.
Ao debater a complexidade da abordagem da problemática socioambiental pelo Jornalismo, o conjunto de artigos amplia as possibilidades de compreensão dos conceitos que envolvem o Jornalismo Ambiental e o próprio fazer jornalístico, seus pressupostos éticos, o caráter público da informação, a cidadania e a necessidade de uma cobertura qualificada.
História da luta ambiental
‘Luta Ambiental e Cidadania, a Borregaard e outros episódios’, é o trabalho do procurador aposentado do Estado e ex-secretário de Meio Ambiente, Caio Lustosa, onde relata as experiências de sua militância ambientalista desde a década de 70.
Lançada no domingo (02/11), pela editora Palmarinca, a obra traz fatos marcantes como a batalha contra a Borregaard, antecessora da Aracruz, que se instalou no município de Guaíba para fabricar celulose, passando a produzir um cheiro muito forte que era sentido até do outro lado do Guaíba, em Porto Alegre.
Um inventário do Ferrabraz
Uma das regiões mais prósperas e urbanizadas do Rio Grande do Sul, o Vale do Rio dos Sinos viu desaparecer grande parte de suas florestas. A comunidade da região, liderada pela Organização Não-Governamental Araçá-piranga, iniciou um projeto para definir a criação de uma unidade de conservação com base no núcleo da reserva do Morro do Ferrabraz.
Pois é sobre o trabalho de caracterização da região que trata o livro ‘Ferrabraz, Reserva da Biosfera’, que incluiu a elaboração de mapas e imagens, além da coleta de dados ambientais, físicos e bióticos, socioeconômicos, culturais, infra-estruturais e fundiários.
As informações foram compiladas por uma equipe de 14 pesquisadores e apoiadores da ONG. O livro, organizado pelo biólogo Luís Fernando Stumpf e pelo jornalista Guilherme Kolling, teve sessão de autógrafos na última Terça-feira, (04/11).
Para garantir a conservação do ambiente natural, flora e fauna remanescentes, a idéia é criar uma área de preservação envolvendo, inicialmente, os municípios de Araricá, Nova Hartz e Sapiranga. O respaldo do Ministério do Meio Ambiente, desde 2006, viabilizou o estudo para a criação da unidade de conservação, nos vales do Sinos e do Caí.
(Por Cleber Dioni*, AmbienteJÁ, 06/11/2008)
*Com assessorias