A China poderá aumentar sua capacidade instalada de produção de energia nuclear para 70 milhões de quilowatts dentro de 12 anos, 75% a mais do que a meta estabelecida pelo governo em 2006, informou a responsável pela conservação de energia e equipamento do Departamento Nacional de Energia (DNE), Huang Li.
Segundo ela, o executivo estudou a revisão do seu objetivo de 40 milhões de quilowatts, conforme estava definido no Plano Nacional de Desenvolvimento da Energia Nuclear de 2006. Os esforços globais para a redução das emissões de gás causadoras do efeito estufa estimulou a China, país cuja produção energética se baseia em grande parte na queima de carvão, a revisar a sua estratégia nesse setor.
Os chineses também decidiram aumentar a proporção de geração de energia limpa, conforme Li ressaltou durante um seminário sino-americano sobre equipamentos nucleares, evento organizado em Chengdu, capital da província chinesa de Sichuan.
A capacidade instalada das centrais termoelétricas representa 76% da capacidade total da China. Com uma contribuição de 84% da geração total de energia, percentual obtido com a queima de carvão, o país se tornou uma das principais fontes de emissões do dióxido de carbono do planeta.
A atual capacidade instalada de produção de energia nuclear é de apenas 9 milhões de quilowatts, correspondendo a 1,3% da capacidade total de produção de eletricidade e constituindo 2,3% da energia que a China consome.
Encontram-se atualmente em construção por toda a China reatores nucleares com capacidade instalada de 12,1 milhões de quilowatts. Zhang Guobao, diretor do DNE, afirmou em março que a China iria tentar elevar a proporção de energia nuclear para 5% da capacidade de produção total instalada em 2020, um ponto percentual a mais que a meta fixada há dois anos.
(Agência Xinhua, Terra, 06/11/2008)