Novas contratações seriam para a PF, Ibama e Instituto Chico Mendes

Segundo ele, lei será modificada para fiscal ambiental trabalhar armado.

O ministro do Meio Ambiente, Carlos Minc, se reuniu nesta terça-feira (4) com o ministro da Justiça, Tarso Genro, e com o diretor-geral da Polícia Federal, Luiz Fernando Corrêa, e anunciou que precisa de mais três mil servidores para combater os crimes ambientais no país, especialmente na região amazônica.

Alheio à necessidade de cortes nos gastos públicos, o ministro disse que mil dessas novas vagas seriam para a Polícia Federal e as outras duas mil, divididas entre o Ibama e o Instituto Chico Mendes.

Minc disse que as contratações fazem parte de um acordo entre ele o presidente Luiz Inácio Lula da Silva para fortalecer o combate ao desmatamento e outros crimes ambientais. “É bom que se diga que esses três mil cargos são uma promessa para mim do presidente Lula, além do que está previsto para a reestruturação das carreiras do Ibama e do Instituto Chico Mendes”, afirmou.

O ministro salientou ainda que está finalizando um acordo com o ministro da Justiça para levar o pedido de contratações ao presidente. “Na semana que vem vamos chegar a um acordo nosso com o ministro Tarso e depois vamos levar para o presidente Lula, e ainda esse mês vamos enviar para o Congresso”, comentou. Ele não soube dizer se os novos cargos serão criados por medida provisória.

Fiscais armados

O ministro revelou ainda que durante o encontro, ele e Genro discutiram a necessidade de fiscais do Ibama trabalharem armados. Minc explicou que o entendimento jurídico do Ministério da Justiça e da Polícia Federal é que os fiscais podem se armar.

Porém, o governo deve promover uma mudança no Estatuto do Desarmamento para deixar mais evidente a legalidade dessa prática. “O Ministério da Justiça e a Polícia Federal dizem que os fiscais do Ibama podem trabalhar armados e para não restar dúvidas vamos especificar no Estatuto do Desarmamento onde diz quais carreiras podem usar as armas em sua atividade que os fiscais estão entre essas categorias”, salientou.

Minc disse ainda que nos próximos meses a Polícia Federal (PF), a Polícia Rodoviária Federal (PRF) e o Ibama reforçarão a fiscalização contra os desmatamentos ilegais abrindo novos portais de fiscalização na Amazônia Legal. Hoje, dois portais estão em funcionamento. Minc quer a criação de mais seis.

Nesses portais, agentes da PF, da PRF e do Ibama fazem um pente-fino nas cargas e nos registros de madeira e animais transportados.

(Por Jeferson Ribeiro, G1, 04/11/2008)