Móveis, fogões e pneus são alguns dos itens retirados dos arroios e valões nas operações de limpeza do Departamento de Esgotos Pluviais (DEP). Além disso, durante os desassoreamentos, como o que começou ontem em um trecho do arroio Cavalhada, entre a rua Ângelo Corso e a avenida Icaraí, é encontrada grande quantidade de lixo, como garrafas PET, tijolos, galhos e sacolas plásticas.
Segundo o diretor da Divisão de Conservação do DEP, Francisco Pinto, o trabalho de limpeza dos arroios é contínuo. Diariamente são jogados dejetos nesses locais, prejudicando o fluxo das águas. Sem condições de realizar a fiscalização para punir os crimes ambientais, o DEP conta com um departamento de educação ambiental. 'Na maioria das vezes, são os próprios moradores das localidades que despejam o lixo nos arroios. Tentamos alertar os jovens para que esse problema não continue', afirmou. Com o objetivo de conscientizar a população, o DEP montou a Casa do Arroio, construída exclusivamente com itens retirados durante as limpezas dos arroios e valões.
Os desassoreamentos são fundamentais para que os locais não transbordem em dia de chuva. 'As ações retiram os sedimentos que ficam acumulados no fundo dos arroios e valões, muitas vezes trazidos pelas chuvas ou jogados pelas pessoas.' Quando a vazão é prejudicada, as residências que ocupam as várzeas dos arroios ficam alagadas.
A operação de desassoreamento do arroio Cavalhada deverá durar 45 dias. A expectativa do DEP é retirar 18 mil toneladas de lixo. Na próxima semana, deve começar o desassoreamento do arroio Capivari, no bairro Ipanema, na zona Sul. Este ano, também já foram realizadas ações em valões da zona Norte.
(CP, 05/11/2008)