A exploração e extração de madeira no cerrado, exceto em casos especiais, pode ser proibida por força de lei caso a Assembléia Legislativa de Goiás (AL-GO) aprove proposta da deputada Adriete Elias (PMDB), que tramita na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ). O projeto também fixa diretrizes sobre o plantio, o manejo e as vedações de uso exploratório mercantilista da flora do bioma. Segundo a parlamentar a medida é também, além seu forte cunho de preservação ambiental, uma contribuição à prevenção do aquecimento global.
Ainda de acordo com o projeto, o Estado terá como atribuição a prestação de assistência à preservação do ecossistema, como também de áreas em degradação. Dados da Secretaria Estadual de Meio Ambiente e Recursos Hídricos (Semarh) mostram que a cobertura nativa de cerrado nos municípios goianos caiu significativamente, comprometendo a diversidade de espécies animais e vegetais.
Risco de extinção
O cerrado - encontrado no Planalto Central, na Amazônia e em parte do Nordeste - é uma vegetação caracterizada por árvores baixas e retorcidas. Sua flora é considerada como a mais rica entre as savanas do mundo, com mais de seis mil espécies catalogadas. Seis das oito grandes bacias hidrográficas brasileiras têm nascentes no cerrado, entre elas a Amazônica e a do rio São Francisco.
No Congresso Nacional tramita Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 115/95, que reconhece o cerrado como bioma nacional.
(AL-GO, 03/11/2008)