Muitos supermercados já estão trocando as sacolas plásticas, que demoram cerca de cinco séculos para se decompor, por sacolas retornáveis. Pois em Concórdia, a Escola Básica Municipal Santa Rita está ampliado este benefício ao meio ambiente. Através da oficina de artesanato com a artista plástica Gláucia Feraso, 13 alunos da 5ª série estão produzindo sacolas retornáveis com material reciclado.
Além de reduzir a sujeira com sacolas plásticas, eles estão economizando material e energia ao reutilizar tecidos. Já foram confeccionadas 40 sacolas, que estão sendo vendidas pela escola ao preço de R$ 15. O dinheiro vai servir para comprar mais material. O trabalho iniciou em março e será encerrado no final do ano. Até lá, os alunos vão confeccionar sacolas para eles próprios utilizarem em casa.
Cada um ajuda de uma forma. Claudinir Pegoraro, de 12 anos, é o mais entusiasmado. Ele ajudou a produzir 12 sacos, e, em casa, já confeccionou "fuxicos" com restos de tecido. Claudinir era tido na escola como um aluno agitado. Nas aulas de artesanato, ele direcionou sua energia para fazer as sacolas.
Seus colegas também gostaram da atividade.
- A gente desenvolve a criatividade - disse Adriana Alves, de 11 anos.
- Aprendi a combinar as cores - complementa Camila Ferraz, que tem a mesma idade.
Daniel Wagner, também de 11 anos, conta que alguns mercados nem estão mais fornecendo sacolas plásticas. Todos estão orgulhosos com o resultado do trabalho, pois, além de preservar o meio ambiente, estão desenvolvendo suas habilidades.
- O projeto visa ampliar o olhar do aluno, desenvolver sua criatividade - conta a professora Gláucia Feraso.
Ela afirma que a oficina está ajudando a melhorar a auto-estima das crianças, que moram num bairro pobre de Concórdia. Através das sacolas, elas descobrem que são capazes e que o mundo pode ser mais colorido.
( darci.debona@diario.com.br )
(Por DARCI DEBONA, Diário Catarinense, 04/11/2008)