O Grupo de Estudos de Acompanhamento dos Debates em Energia, do Programa Sociedade Convergente, da Assembléia Legislativa do Rio Grande do Sul, realizou reunião na manhã desta segunda-feira (03/11). No encontro ocorreu o relato sobre pesquisas e desenvolvimento do uso de energia fotovoltaica no Rio Grande do Sul.
De acordo com o coordenador do grupo, Cícero Zanoni, "o que se tratou foi de como implantar uma indústria para a energia solar no Brasil e, por consequência, também de energia eólica, e como o Brasil e o Rio Grande do Sul poderão entrar neste mercado nos próximos anos". Zanoni salientou que é necessária a implementação de políticas de incentivos para este tipo de indústria, que é tão estratégica quanto a indústria de semicondutores.
O coordenador do Centro Brasileiro para Desenvolvimento da Energia Solar Fotovoltaica e professor da Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUCRS), Adriano Moehlecke, falou das pesquisas que estão sendo realizadas no Centro Tecnológico da instituição para o desenvolvimento de tecnologia nacional."A energia fotovoltaica se produz através da conversão de energia solar em elétrica utilizando células e módulos fotovoltaicos. Temos no Brasil 10 milhões de pessoas sem energia elétrica, e esta seria uma lacuna que poderia ser preenchida pela energia fotovoltaica", afirmou.
Moehlecke salientou que o Brasil é um dos maiores produtores de silício, insumo básico para a produção de células fotovoltaicas, e que países como Alemanha e Espanha têm investido muito para dominar esta tecnologia. Segundo o palestrante, os motivadores para o crescimento do uso de energia fotovoltaica no País são a necessidade de energias limpas, desenvolvimento industrial, exportação de tecnologias e geração de empregos.
Participaram da reunião desta manhã o Diretor do Fórum Democrático de Desenvolvimento Regional, João Gilberto Lucas Coelho e representantes da CEEE, RGE, Ocergs, Ufrgs, PUCRS e Famurs.
(Por Luiz Osellame, Agência de Notícias AL-RS, 03/11/2008)