Em sessão do Grande Expediente da Câmara de Vereadores da Capital desta segunda-feira (03/11), Beto Moesch (PP) falou sobre a reserva do Morro do Osso. Disse que o Tribunal Regional Federal (TRF) determinou, em segunda instância, a reintegração de posse daquela área ao município de Porto Alegre. “Esse processo tramita desde 1974”, informou o vereador dizendo que é uma mobilização de moradores dos bairros Ipanema, Assunção, Tristeza e Camaquã. Salientou que em Porto Alegre existem somente três unidades de conservação ecológica, sendo que o Morro do Osso é uma delas. “Esperamos que agora não haja mais recurso”, pediu Moesch.
Moesch ainda afirmou que Porto Alegre tem perdido pontos em índices de qualidade de vida. Para ele, está comprovado que uma área verde é fundamental para as cidades. “Não podemos transformar a orla do Guaíba, por exemplo, em bairros tradicionais, como querem fazer no Pontal. Precisamos de áreas livres e de lazer para nossas crianças. A cidade virou um canteiro de obras”, avalia. Segundo Moesch, a visão de preservação deveria estar no Plano Diretor (PD), mas este não contempla isto. “Há um outro PD, que são os projetos especiais. Aí pode tudo, deixando o que está previsto na lei”, ressalta. Para o vereador, não se pode admitir projetos como o Pontal do Estaleiro sem a participação popular.
(Por Regina Andrade e Leonardo Oliveira, Ascom CMPA, 03/11/2008)