Representantes da sociedade organizada dos oito municípios do pólo de Tangará da Serra (MT) aprovaram o incentivo e a implantação de programa de estruturação, além de um sistema integrado de redução da criminalidade para a região.
De acordo com a proposta, esse modelo será conseguido com o fortalecimento das políticas de lazer, recreação, formação para o trabalho e geração de emprego e renda, e com a estruturação da polícia. Também foi consenso a orientação e o fomento a práticas de coleta e uso de águas pluviais e subterrâneas nos espaços rurais com dificuldades de acesso aos recursos hídricos.
Essas e outras propostas fazem parte de um conjunto de indicações técnicas tratadas em caráter preliminar e que formam o projeto de Zoneamento Socioeconômico Ecológico da Região de Planejamento VIII, do estado. Elas foram referendadas em uma audiência pública realizada na manhã de sexta-feira (31/10) pela Assembléia Legislativa do Mato Grosso, em Tangará da Serra.
Os debates em torno das diretrizes específicas sociais, ambientais e econômicas para Barra do Bugres, Denise, Nova Olímpia e Porto Estrela – no sudoeste; Santo Afonso – no centro-sul; e Brasnorte e Campo Novo do Parecis, no norte do estado – além do município-sede, tiveram início na última quarta-feira. O principal objetivo foi formatar um projeto focado no uso e na ocupação racionais dos espaços para proteger o meio ambiente sem prejudicar a produção agrícola e as atividades que usam a natureza.
Para o trabalho, a região foi classificada em quatro categorias:
1) a de estrutura produtiva a consolidar em área com predomínio de agricultura moderna e agroindústria;
2) a de estrutura produtiva consolidada com agropecuária moderna tecnificada e diversificada, e de pequena e média produções familiares; 3) a de áreas que requerem manejos específicos; e
4) a de áreas protegidas
Com a presença de centenas de pessoas, a audiência pública foi conduzida pelo presidente da Comissão Especial do Zoneamento Socioeconômico e Ecológico, deputado Dilceu Dal’Bosco (DEM).
O parlamentar elogiou a participação dos organismos sociais e dos poderes constituídos. “A presença desses setores é fundamental para fazer os ajustes necessários para esse projeto tão importante para Mato Grosso e legitimar o zoneamento para nosso estado, para que ele seja aprovado no Conselho Nacional do Meio Ambiente – o Conama”, observou Dal Bosco.
Também fazem parte da comissão os deputados José Riva (relator), Percival Muniz (vice-presidente) e Alexandre César e Adalto de Freitas-Daltinho (os membros titulares).
Durante o encontro, o deputado Wagner Ramos substituiu Riva na relatoria. Participaram dele prefeitos, lideranças e representantes de segmentos sociais da região e do Ministério do Meio Ambiente.
(Por Fernando Leal, Secretaria de Comunicação AL-MT, 31/10/2008)