O combustível derramado pela carreta-tanque que tombou na BR-101 na ponte sobre o Rio dos Correias em Tubarão, no Sul do Estado, avançou mais alguns quilômetros e alcançou o canal de entrada da Lagoa do Camacho. A Fundação do Meio Ambiente (Fatma) ainda não verificou os danos ambientais no local.
De acordo com o engenheiro químico Rudemar Silveira da Cunha, a quantidade de óleo diesel, gasolina e álcool que chegou até a lagoa é pequena.
- Fechamos a comporta que liga o rio à lagoa, mas, assim mesmo, a contaminação ocorreu. Felizmente, o nível de poluição ainda é bem baixo - avaliou o engenheiro.
Trabalhos de recuperação devem seguir até amanhã
A retirada do tanque que transportava os 30 mil litros de combustíveis deveria ser realizada ontem pela manhã, mas, por causa da chuva, a Polícia Rodoviária Federal (PRF) transferiu os trabalhos para depois do meio-dia. Não foi necessário o fechamento da BR-101 para o resgate do veículo.
Por volta das 15h, o tanque foi removido, e funcionários da Suatrans e Cetric, empresas contratadas para limpeza do local, encontraram várias poças com combustível que continuam a derramar resíduos no leito do rio.
A Fatma estima que os trabalhos de recuperação no local devem continuar até sexta-feira. A Cetric vai realizar o processo de remediação do solo às margens do rio onde a carreta caiu. Toda terra removida será levada para um aterro sanitário.
Já a Suatrans colocou novas barreiras de contenção em pontos estratégicos do Rio dos Correias. Essa empresa ficará encarregada de retirar o combustível na superfície do rio e da vegetação contaminada nas margens.
Segundo o engenheiro Silveira, o rio deve ser despoluído por meio da utilização de turfa, material de origem orgânica que dissolve o óleo. Já a vegetação atingida será recolhida e também encaminhada a um aterro sanitário.
(Por Marcelo Becker, Diário Catarinense, 30/10/2008)