Incentivar a partilha do automóvel, reduzir consumos de água e papel, optar por “electricidade verde” para os edifícios: os eurodeputados anunciaram hoje que querem tornar obrigatória a redução da sua pegada de carbono em 30 por cento até 2020 e dar o exemplo, numa altura em que a União Europeia está dividida sobre como combater as alterações climáticas.
A meta adoptada pelo secretariado-geral do Parlamento Europeu é mais elevada do que a meta assumida pela União Europeia, de 20 por cento. A decisão foi tomada depois de um estudo interno ter mostrado ser possível reduzir as emissões em 30 por cento.
Actualmente, o Parlamento Europeu tem em curso uma política de só consumir “energia limpa” nos seus 20 imóveis, distribuídos por uma superfície total de um milhão de metros quadrados em Bruxelas, Estrasburgo e Luxemburgo. Esta medida já permitiu reduzir as emissões de gases com efeito de estufa em 17 por cento.
Durante o próximo ano será apresentado um programa de acção para atingir os 30 por cento de redução. Entre as medidas poderão estar a compra de automóveis híbridos, generalização das vídeo-conferências e melhorar a gestão dos resíduos.
Nas últimas semanas, vários Estados membros da União Europeia, liderados pela Itália, têm manifestado receios relativamente ao plano de acção climático que está em estudo, alegando dificuldades financeiras. Esta divisão no seio da União Europeia pode enfraquecer o seu papel de liderança no processo negocial que deverá terminar no final de 2009 em Copenhaga, com um acordo relativo ao sucessor do Protocolo de Quioto. Este expira em 2012.
(Publico, 30/10/2008)