Com o objetivo de conhecer experiências internacionais de desenvolvimento e institucionalidade indígena, o Governo do Chile e a FAO organizam um seminário internacional nos dias 27, 28 e 29 de outubro, que contará com a participação dos mais destacados investigadores e especialistas regionais no tema juntos a dezenas de líderes e empreendedores indígenas.
As conclusões deste seminário servirão como insumo para as políticas de Governo para a execução do Convenio 169 da Organização Internacional de Trabalho (OIT) sobre povos indígenas, o único instrumento internacional vinculado sobre direitos indígenas, que a Presidente da República, Michelle Bachelet, promulgou em 2 de outubro passado.
Este seminário também se moldura no plano de atividades que existe entre o Sistema de Nações Unidas e o Governo do Chile para a aplicação da política indígena.
"O Governo do Chile tem dado um novo impulso a seu compromisso de apoiar o desenvolvimento das comunidades indígenas. Este encontro será um aporte aos esforços que já foram feitos, apresentando experiências de outros países que têm conseguido promover o desenvolvimento econômico produtivo indígena de uma maneira culturalmente sustentável", afirmou o Representante da FAO, José Graziano da Silva, que inaugurará o encontro junto a Ministra do Mideplan, Paula Quintana, segunda-feira, as 15h.
Nas exposições introdutórias ao tema, o Comissionado Presidencial para Assuntos Indígenas, Rodrigo Egaña, exporá sobre "os desafios da nova política indígena no âmbito do desenvolvimento econômico produtivo dos povos indígenas", e a Representante da FAO no Chile, Margarita Flores, se referirá aos aportes esperados da análise de experiências produtivas rurais em comunidades indígenas na América Latina.
O seminário contará com a presença de especialistas do Equador, Guatemala, Bolívia, México, Peru e Chile, além de dezenas de dirigentes indígenas e empreendedores com projetos de diverso tipo na Região.
Entre eles cabe destacar representantes do Hotel Terrantai, em San Pedro de Atacama no Chile; das cooperativas de cacau de indígenas moxeños, no Beni, Bolívia; as experiências de comunidades camponesas indígenas de Chimborazo, no Equador; o projeto de café orgânico ‘Mundo Verde’, de Quetzaltenango, Guatemala; e as experiências de produtores de café da selva de Chiapas, no México.
(Adital, 24/10/2008)