O consumo de tomates roxos, modificados geneticamente para que tenham altos níveis de antocianinas, protege contra o câncer e várias outras doenças, segundo a revista científica britânica "Nature Biotechnology". A ingestão de alimentos com antocianinas, pigmentos antioxidantes produzidos por algumas plantas, contribui para a proteção contra um grande número de doenças humanas.
No entanto, os níveis destas substâncias nas frutas que mais são consumidas normalmente não são suficientes para conseguir essa proteção. Uma equipe do John Innes Centre, em Norwich (leste da Inglaterra), incluiu dois genes da espécie Boca-de-leão (Antirrhinum majus), rica em antocianinas, no genoma do tomateiro.
Estes espécies deram tomates com polpa e pele arroxeadas e com um nível de antocianinas similar ao existente em amoras e mirtilos. A expressão dos dois genes procedentes da Boca-de-leão potencializou a capacidade dos tomates de atuar como antioxidantes hidrófilos.
A equipe de pesquisadores, liderada por Cathie Martin, incluiu os tomates transgênicos na dieta de ratos de laboratório propensos a desenvolver câncer, o que prolongou substancialmente a vida dos animais. Os cientistas explicam que a inclusão destes tomates na dieta humana seria uma "forma fácil" de aumentar a ingestão de antioxidantes e melhorar a saúde.
(EFE, G1, 26/10/2008)