A gestão territorial e os planos para expansão ainda exigem uma análise aprofundada sobre o aspecto ambiental. Esse tema foi apresentado pelo professor de Ciências Políticas da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), Valeriano Costa. Ele foi um dos palestrantes de ontem e mostrou como, ao longo dos anos, o interesse em torno desse assunto foi sendo modificado.
Na década de 1920 o movimento ambientalista era mais voltado à preservação. Com o passar dos anos, a partir de 1960, surgiu o socioambientalismo, no qual foram apontadas ações socioambientais adotadas pelas empresas. Agora surgiu um novo modelo chamado neoconservacionismo, incluindo mais o ser humano, reduzindo o social e buscando uma dimensão natural. “Propõe uma política que deve ser urbana e de desenvolvimento. Preserva o ambiente, mas inclui o homem nessa preservação“, diz.
E isso não significa que o aspecto econômico deixaria de ser levado em conta. Conforme o professor, desde que sejam adotadas práticas sociais pode-se obter uma boa estrutura social e, assim, o desenvolvimento.
(Gazeta do Sul, 24/10/2008)