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crise alimentar celulose e papel aracruz/vcp/fibria
2008-10-23

No campo, a crise financeira mundial atinge diretamente o agronegócio. Os primeiros afetados foram as empresas de setores exportadores, como as de frango e de celulose, que especularam com o real valorizado. No entanto, a estimativa é de que os produtores também enfrentem perdas com a crise, principalmente durante o plantio.

O economista e professor da Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Carlos Mielitz, explica que o custo das lavouras será maior do que a receita a ser arrecadada pelos agricultores. Insumos químicos foram comprados quando a diferença entre o real e o dólar era pequena. Com a valorização da moeda norte-americana, os produtores irão ganhar bem menos do que gastaram. Situação que se agrava com a queda na demanda e nos preços das commodities no mercado internacional, como já vem ocorrendo com a soja.

"A nossa sorte é que em relação a algumas culturas exportamos menos. Se nós tivéssemos completamente comprometidos com a exportação, digamos 100%, no limite, seria devastador", avalia.

Em relação às empresas, o economista avalia que elas se arriscaram muito além do limite comercial. Não somente apostaram que o real se manteria valorizado como fizeram adiantamentos e se comprometeram a vender a moeda brasileira em um valor ainda mais reduzido do que no mercado. A especulação, feita na tentativa de ganhar mais dinheiro, agora acaba gerando grandes prejuízos. Recentemente, a Aracruz Celulose suspendeu a ampliação de sua fábrica em Guaíba, na região metropolitana de Porto Alegre. Devido a crise, a Votorantim Celulose e Papel paralisou a construção de sua fábrica na região Sul do estado.

No entanto, afirma Mielitz, rumores no mercado internacional apontam que 250 empresas teriam feito esse mesmo tipo de ação e estariam comprometidas. "Esse comprometimento que elas estão mostrando, como a Sadia e a Aracruz, é porque elas especularam muito além daquela proteção que o comércio exigia. Se comprometeram muito mais com o câmbio no mercado futuro do que aquilo que a atividade delas exigia. Assim, elas estavam ganhando como intermediário financeiro", diz.

Mielitz analisa que a liberação de quase R$ 7 bi do governo federal foi importante para o agronegócio, pois diversos financiamentos que os agricultores faziam eram através das empresas, que buscavam o dinheiro no mercado internacional. Ou seja, o agronegócio corria o risco de ficar sem financiamento.

Já os pequenos agricultores, como são voltados para o mercado interno e menos dependentes do mercado internacional, não devem ser tão afetados pela crise mundial. "Por outro lado, são esses mesmos que produzem a maior parte dos alimentos que vão para a mesa do brasileiro. Esses vão sofrer relativamente menos. E também são aqueles que fazem investimentos e comprometimentos bancários muito menores. Como o governo está compensando esse agricultor com uma política de crédito diferenciada, com taxas de subsídio, acredito que estes irão sofrer menos", afirma.

(Por Raquel Casiraghi, Agência Chasque, 22/10/2008)


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