Um grupo de ONGs, instituições e empresas lançou a Campanha Madeira Justa, com o objetivo de conscientizar a população mundial sobre os prejuízos sociais do consumo excessivo da madeira. A cada dois segundos, um terreno equivalente a um campo de futebol deixa de ser um bosque natural no planeta. E, ainda, 56% dessa madeira acaba nos lares do mundo desenvolvido.
A campanha européia, que une critérios-chave, como a sustentabilidade e a responsabilidade social, é pioneira no continente. Os primeiros objetivos consistem em estabelecer um selo que certifica que os produtos florestais procedem de uma gestão adequada e também dizer quais produtos têm em conta condições trabalhistas dignas.
De acordo com membros da campanha, até agora não há consciência social sobre a exploração florestal de bosques. Em todo o mundo, 80% da massa florestal é oriunda dos países em desenvolvimento. O consumo, no entanto, não contribui para que o nível de vida da população avance.
Ao contrário, em muitos países a vida das pessoas que vivem cercadas de áreas florestais é quase sempre afetada negativamente. Muitas vezes, inclusive, são grupos indígenas que cuidam dos bosques de forma adequada há milênios.
Os promotores da Campanha Madera Justa garantem que, segundo critérios sociais e ecológicos adequados, o aumento de 1% das exportações reduziria até 12% a pobreza nestes países. Entre os colaboradores da campanha estão o Banco Triodos, o Greenpeace, WWF/Adena e o Instituto Jane Goodall, entre outros.
A campanha vai durar três anos e será promovida em colégios, associações de consumidores e empresários, âmbitos de administração e também entre a população em geral, através de ações nas ruas.
(Redação SRZD, 22/10/2008)