Entre 2006 e ontem, o Departamento de Esgotos Pluviais (DEP) retirou 87,5 mil toneladas de terra, lixo e animais mortos do arroio Dilúvio em Porto Alegre. O diretor da Divisão de Conservação do DEP, Francisco Pinto, afirmou que a operação de desassoreamento é contínua. 'No Dilúvio, como em qualquer arroio, desemboca tudo que é coletado pelos interceptores e condutores de águas pluviais que são canalizadas no meio urbano, através da micro e macrodrenagem', explicou.
Outro problema social que agrava a situação do Dilúvio são os moradores de rua que habitam as pontes sobre o curso d’água ao longo da avenida Ipiranga. A lixeira dessas pessoas é o arroio.
A coordenadora de Atendimento Social de Rua da da Fundação de Assistência Social e Cidadania (Fasc), Patrícia Monaco, destacou que a principal causa de permanência delas nas ruas é o uso de crack. Segundo a coordenadora, a assistência social pode fazer muito pouco 'se o trabalho não for vinculado com uma política de desintoxição de drogas na rede pública'.
(Correio do Povo, 22/10/2008)