A saída do secretário estadual do Meio Ambiente, Carlos Brenner, demonstra não somente a falta de estabilidade no governo Yeda, como também a ausência de comprometimento com os assuntos desta pasta. Além disso, essa movimentação está relacionada ao posicionamento dos fabricantes de celulose, que não consideram mais o Rio Grande do Sul prioridade de investimento". A avaliação é do deputado Daniel Bordignon (PT), coordenador da Frente Parlamentar em Defesa do Meio Ambiente.
Ainda de acordo com o petista, a troca de secretário comprova que a política do governo Yeda é tratada de maneira casuística, conforme os interesses do momento. "O governo do Estado se esforçou para aprovar um modelo de zoneamento para o desenvolvimento da silvicultura que, como estamos vendo, não se sustenta e deixa milhares de produtores que foram iludidos sem ação", afirma.
O deputado questiona ainda quais as políticas que serão defendidas a partir destes equívocos de modelos de desenvolvimento insustentável. Ele lembra que muitas pessoas que ficaram na dependência de capital das papeleiras, estão na expectativa de soluções que não virão.
Esta já é a terceira troca de comando da SEMA em menos de dois anos. O reflexo destas políticas irresponsáveis, com certeza serão sentidos a curto e médio prazo pela população gaúcha.
(Por Marcela Santos, Agência de Notícias AL-RS, 21/10/2008)