Índios Gaviões fazem quatro pessoas reféns na cidade de Amarante, sudoeste do Maranhão, a 670 quilômetros da capital do estado. O protesto é para reivindicar a construção de uma escola na aldeia. Segundo os índios, pelo menos 98 crianças em idade escolar assistem às aulas em uma sala improvisada, sem material didático nem merenda escolar.
O problema começou no último sábado, quando dois técnicos em educação, um motorista da Secretaria Estadual de Educação e uma funcionária da Fundação Nacional do Índio (Funai) faziam uma visita de rotina à aldeia Riachinho. Os índios dizem que já estiveram na Secretaria de Educação, em São Luís, e a construção da escola havia sido prometida, mas as obras não começaram.
Segundo o Diretor Regional de Educação para a região, Domingos Bandeira, existe uma determinação do secretário Lourenço Vieira da Silva para a construção da escola na aldeia.
O administrador regional da Funai em Imperatriz, José Carlos Piancó, disse que as informações recebidas da aldeia são de que os reféns estão sendo bem tratados pelos índios. Nesta terça-feira, uma comissão formada pela chefe de educação da Funai, Eliane de Jesus Araújo, uma supervisora de educação indígena e um engenheiro do governo do estado vai à aldeia tentar negociar a liberação dos reféns
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Jornal do Brasil Online, 20/10/2008)