O ministro do Meio Ambiente, Carlos Minc, disse ontem em São Paulo que o desmatamento acumulado de 2008 na Amazônia deve ser superior ao visto em 2007. “É possível que seja ligeiramente maior, mas sem quebrar a linha de queda genérica de desmatamento. Não vai haver aumento acentuado.”
Os dados que confirmam a informação serão divulgados entre novembro e dezembro. “Nos últimos três anos, houve uma queda de 28 mil quilômetros quadrados para 19 mil e, depois, para 11,8 mil, uma queda acentuada. Começou a haver uma reversão (da tendência de queda) no final do ano passado e no início deste ano.”
O Prodes é o sistema oficial de contabilização de área desmatada e reúne dados de agosto a julho. Quanto ao Deter, sistema de detecção em tempo real do desmatamento, que mostra tendência da ação em campo, o ministro disse que espera uma queda nos números de setembro em relação aos do mês anterior. Em agosto, o Deter registrou 756 km2 de corte.
“O desmatamento nos últimos três meses teve média de 650 km2, a menor dos últimos cinco anos (no mesmo período). E são os três piores meses, junho, julho e agosto, pois há estiagem e queimadas. Então se mantém uma tendência de queda do corte”, afirmou. “Mas nós não comemoramos o desmatamento ilegal. Nós queremos o desmatamento ilegal zero.” As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
(Agência Estado,
G1, 16/10/2008)