A União Internacional da Conservação da Natureza pede padrões exigentes para projectos de biocombustíveis, que ajudem nos cortes de emissões de CO2, mas lembra que o cultivo de plantas para a produção destes combustíveis alternativos pode afectar os habitats de animais e plantas.
A União Internacional da Conservação da Natureza (UICN) exige cortes significativos nas emissões de gases com efeito de estufa até 2050, sublinhando que a crise financeira não pode influenciar os esforços para preservar a biodiversidade.
A Assembleia da UICN - uma influente rede global de governos, cientistas e ambientalistas - também aprovou uma recomendação aos Governos de todo o Mundo para que deixem de subvencionar a produção de biocombustíveis com dinheiros públicos.
A organização internacional vai promover um programa para mitigar os problemas relacionados com as alterações climáticas, orçado em cerca de 50 milhões de dólares, ao mesmo tempo que irá acompanhar a aplicação de 25 milhões de dólares destinados a intervenções no domínio da conservação da natureza.
Durante a Assembleia da UICN, reunida em Barcelona, a França anunciou que vai disponibilizar 7 milhões de euros para suportar a actividade de organização entre 2009/2012. O Paraguai anunciou "zero desflorestação" em 2020, ao mesmo tempo que a Rússia revelou que vai tomar medidas ambientais de protecção de 80 milhões de hectares.
A organização revelou estar igualmente a trabalhar num programa para a protecção dos recifes de coral, pois constituem uma fonte importante de alimento e preservação de grande variedade de organismos vivos nos oceanos. Os recifes de coral são juntamente com as florestas tropicais, dos sistemas com maior diversidade biológica.
(Por Mário de Carvalho, AEIOU Expresso, 15/10/2008)