Oito países do Leste Europeu - Bulgária, Estônia, Eslováquia, Hungria, Letônia, Lituânia, Polônia e Romênia - pediram à União Européia (UE) para considerar o impacto econômico da crise financeira e reduzir os objetivos fixados para combater a mudança climática.
Em comunicado conjunto apresentado hoje durante a cúpula do bloco, os primeiros-ministros desses países destacaram que, "na época atual de incerteza econômica e financeira (...), a política climática e energética da UE deveria reconciliar os objetivos ambientais e a necessidade de um crescimento econômico sustentável".
Eles reconhecem que o aquecimento do planeta é "um assunto de vital importância" e reiteram seu compromisso de concluir as negociações do plano europeu nesse âmbito, mas pedem mudanças nas propostas feitas. Essa fórmula, afirma o texto apresentado, poderia servir de modelo para as negociações de um acordo global contra a mudança climática.
Os oito países ressaltam que as 27 nações que fazem parte do bloco devem evitar "adotar medidas que não respeitem as diferenças do potencial econômico dos Estados".
Além disso, explicam que "a maioria das reduções das emissões de gases do efeito estufa foram alcançadas pelas menores economias da UE a um alto custo econômico e social que deveria ser reconhecido".
Ressaltam ainda que o pacote de energia e mudança econômica "só pode ser adotado por consenso e de modo que impulsione a coesão social e o desenvolvimento econômico de todos os países".
A Europa se comprometeu sozinha a reduzir suas emissões de gases do efeito estufa em 20% em 2020 frente ao nível de 1990. O bloco também fixou o objetivo de que 20% da energia final consumida em 2020 proceda de fontes renováveis e de usar 10% de biocombustíveis no transporte.
A Presidência francesa de turno da UE determinou o objetivo de conseguir um acordo sobre este conjunto de medidas até o final do ano.
(EFE, G1, 15/10/2008)