Desligar a luz ao sair de uma peça e fechar portas e janelas quando o ar-condicionado está ligado são pequenas ações que podem reduzir o consumo de energia. Além de resultar em uma economia no custo da conta, esses cuidados básicos ajudam a preservar o meio ambiente. O professor de Engenharia da Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUCRS) Odilón Duarte, do Grupo de Pesquisa de Energia, explica que a economia de luz passa pela educação.
Na maioria das vezes, as pessoas não percebem que estão tendo condutas inadequadas. Um exemplo disso está relacionado ao uso do ar-condicionado. O professor destaca que, no verão, o aparelho funciona com temperaturas abaixo das ideais, o que aumenta o consumo de energia. 'A temperatura correta para o conforto térmico é de 24 graus, mas as pessoas deixam o ar-condicionado em 18 ou 19 graus, sem a real necessidade', afirma.
Duarte explica que o uso racional e correto dos aparelhos geram economia de energia. Ele lembra que muitos consumidores têm o hábito nocivo de pendurar roupas na parte de trás da geladeiras. 'Essa atitude faz com que o compressor da geladeira funcione o dobro. Além de poder estragar o aparelho, o consumo aumenta', observa.
Uma forma de reduzir os gastos com energia é trocar equipamentos elétricos antigos por modelos mais atuais e econômicos. 'Geladeiras de dez anos geram, em muitos casos, consumo 50% maior que um aparelho novo', aponta o professor. De acordo com o professor, as pessoas precisam verificar no momento da compra o selo Procel, que aponta o índice de eficiência energética. 'Os aparelhos são classificados com as letras que variam de A, mais eficiente, até a G, menos eficiente', explica Duarte. Aproveitar a iluminação natural, deixando as janelas abertas, por exemplo, também é uma das maneiras de diminuir o gasto de energia.
A questão ambiental é um fator que deve ser levado em conta no alto consumo. 'As pessoas esquecem que a luz é produzida no meio ambiente. Cada vez que uma pessoa acende uma lâmpada, ela está alterando a natureza', alerta.
(Correio do Povo, 14/10/2008)