A crise financeira mundial não deve prejudicar a captação de recursos para o Fundo da Amazônia, na opinião do ministro do Meio Ambiente, Carlos Minc. Nesta segunda-feira (13) ele participou do Fórum Internacional do Meio Ambiente Brasil-Japão, no Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Rio de Janeiro.
“Eles estão fazendo um seguro de vida, um seguro planetário, e isso independe do humor do mercado”, comentou ele. “Já estamos conversando com a Coréia, o Japão e a Suécia, que demonstraram interesse em doar para o fundo”.
Como palestrante convidado, Minc anunciou que a expectativa é de que o Fundo, administrado pelo BNDES, capte US$ 1 bilhão só no primeiro ano. Ele anunciou que no próximo dia 24 haverá a primeira reunião do comitê orientador do fundo, quando serão definidas as prioridades para o primeiro ano.
O Fundo da Amazônia foi criado no início de agosto e se destina a captar doações para investimentos em ações de combate ao desmatamento e a promover a conservação e o uso sustentável das florestas no bioma amazônico.
A Noruega foi o primeiro país a fazer doação. O primeiro aporte foi de US$ 20 milhões e ao longo dos próximos doze meses está garantido o depósito de mais US$ 120 milhões, somando US$ 140 milhões no primeiro ano do Fundo.
O conselho do Fundo é formado exclusivamente por brasileiros: um terço pelos nove governos da Amazônia, um terço pelo governo Federal, um terço pela sociedade civil, inclusive indústrias. Minc explicou que, embora os países doadores não tenham nenhum peso nas decisões do fundo, eles têm a garantia de que os recursos só podem ser sacados caso o desmatamento no ano anterior tenha sido menor do que na média dos últimos dez anos.
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Agência Brasil, 14/10/2008)