(29214)
(13458)
(12648)
(10503)
(9080)
(5981)
(5047)
(4348)
(4172)
(3326)
(3249)
(2790)
(2388)
(2365)
tecnologias limpas semi-árido
2008-10-13

O semi-árido brasileiro possui um regime pluvial irregular, isto é, há um grande período de estiagem com chuvas esporádicas, entre 400 e 800 mm anuais. O também chamado sertão abrange o Ceará, Piauí, Alagoas, Bahia, Rio Grande do Norte, Paraíba, Pernambuco, Sergipe, além do Vale do Jequitinhonha, no Norte de Minas Gerais, e parte da região Norte do Espírito Santo.

Essa característica pluvial não faz do sertão um deserto, impróprio à vida. A região apresenta grande biodiversidade e ricos recursos naturais. Porém, os longos períodos de seca prejudicam agressivamente a economia local e a qualidade de vida de seus moradores.

Além dos problemas econômicos, a região ainda sofre com a escassez de tecnologias adaptadas para ela, as quais seriam bem vindas no sentido de aliar a proposta de desenvolvimento econômico daquelas populações com o uso sustentável dos recursos naturais disponíveis.

Para demonstrar a produtores, técnicos agropecuários, pesquisadores e estudantes que isso é possível, o IDER (Instituto de Desenvolvimento Sustentável e Energias Renováveis) promove amanhã (14/10) o 1° Seminário de Energias Renováveis do Sertão Central.

O evento acontecerá na Fazenda Normal, no município de Quixeramobim, a 220 km de Fortaleza (CE). Nesta fazenda, de propriedade da Ematerce (Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural do Ceará), todos os equipamentos com as tecnologias adaptadas para o semi-árido foram testados.

O seminário conta com as parcerias da Ematerce, Embrapa (Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária), USAID Brasil (Agência dos Estados Unidos para o Desenvolvimento Internacional) e da organização-não-governamental Renewable Enegy and Efficiency Energy Partnership.

“O semi-árido apresenta um potencial para as energias renováveis que não pode ser ignorado”, disse a AmbienteBrasil Jörgdieter Anhalt, diretor do IDER. Ele explica que, além dos grandes projetos de energia eólica que já são uma realidade no litoral, no interior há a possibilidade de utilizar tecnologias apropriadas que trazem enormes ganhos ambientais, econômicos e sociais.

Entre as tecnologias que serão apresentadas no seminário está o Fogão EcoEficiente que, a partir da queima eficiente, reduz em até 50% o consumo de lenha, hoje estimado em 4 mil toneladas diárias em todo o Nordeste. O fogão ainda reduz as doenças causadas aos sertanejos pela fumaça da queima da lenha.

O Desidratador Solar não utiliza combustíveis fósseis para a secagem de frutas e verduras e o Sistema Fotovoltaico, através de painéis solares, transforma a energia solar em elétrica, que pode ser usado para eletrificar cercas ou como alternativa de fornecimento de eletricidade e bombeamento de água para vários fins.

A Usina de produção de biocombustível envolve o processamento de sementes de mamona ou pinhão manso, produção de óleo vegetal in natura e o processo para produção de biodiesel.

O Biodigestor transforma esterco e água em biofertilizante e biogás. Esse processo reduz as emissões de carbono na atmosfera, oferece o metano obtido como uma alternativa energética, melhora a saúde do rebanho graças à destinação adequada dos excrementos e reduz ou elimina o consumo de outros combustíveis tradicionais.

Todos esses equipamentos foram testados em outros projetos e adaptados pelo IDER conforme a realidade do sertanejo brasileiro. “O Fogão EcoEficiente, por exemplo, é baseado em um modelo que faz sucesso na Índia desde a década de 40, mas o design elaborado pelo IDER possibilita o uso de materiais facilmente encontrados nesta região e um método de construção bastante simples para qualquer pedreiro após uma rápida capacitação”, explica Jörgdieter.

Durante o Seminário, o produtor rural também poderá se informar sobre as linhas de financiamento para implantação de projetos de energias renováveis do Governo Federal. “Utilizar energia renovável é um investimento que pode mudar significativamente a realidade local, fortalecendo a economia, trazendo qualidade de vida e combatendo as ameaças ao meio ambiente”, enfatiza Jörgdieter.

(Por Neide Campos, AmbienteBrasil, 13/10/2008)


desmatamento da amazônia (2116) emissões de gases-estufa (1872) emissões de co2 (1815) impactos mudança climática (1528) chuvas e inundações (1498) biocombustíveis (1416) direitos indígenas (1373) amazônia (1365) terras indígenas (1245) código florestal (1033) transgênicos (911) petrobras (908) desmatamento (906) cop/unfccc (891) etanol (891) hidrelétrica de belo monte (884) sustentabilidade (863) plano climático (836) mst (801) indústria do cigarro (752) extinção de espécies (740) hidrelétricas do rio madeira (727) celulose e papel (725) seca e estiagem (724) vazamento de petróleo (684) raposa serra do sol (683) gestão dos recursos hídricos (678) aracruz/vcp/fibria (678) silvicultura (675) impactos de hidrelétricas (673) gestão de resíduos (673) contaminação com agrotóxicos (627) educação e sustentabilidade (594) abastecimento de água (593) geração de energia (567) cvrd (563) tratamento de esgoto (561) passivos da mineração (555) política ambiental brasil (552) assentamentos reforma agrária (552) trabalho escravo (549) mata atlântica (537) biodiesel (527) conservação da biodiversidade (525) dengue (513) reservas brasileiras de petróleo (512) regularização fundiária (511) rio dos sinos (487) PAC (487) política ambiental dos eua (475) influenza gripe (472) incêndios florestais (471) plano diretor de porto alegre (466) conflito fundiário (452) cana-de-açúcar (451) agricultura familiar (447) transposição do são francisco (445) mercado de carbono (441) amianto (440) projeto orla do guaíba (436) sustentabilidade e capitalismo (429) eucalipto no pampa (427) emissões veiculares (422) zoneamento silvicultura (419) crueldade com animais (415) protocolo de kyoto (412) saúde pública (410) fontes alternativas (406) terremotos (406) agrotóxicos (398) demarcação de terras (394) segurança alimentar (388) exploração de petróleo (388) pesca industrial (388) danos ambientais (381) adaptação à mudança climática (379) passivos dos biocombustíveis (378) sacolas e embalagens plásticas (368) passivos de hidrelétricas (359) eucalipto (359)
- AmbienteJá desde 2001 -