Até o final do mês, um encontro em Buenos Aires vai definir uma solução para o impasse que envolve a usina termelétrica AES de Uruguaiana, paralisada desde maio pela interrupção no fornecimento de gás argentino. A informação é do deputado Frederico Antunes (PP), que participou, na tarde da última quinta-feira (09/10), de encontro no Ministério de Minas e Energia, em Brasília para tratar do assunto. "Uma nova rodada vai definir os termos do reinício das atividades do complexo energético e a conseqüente manutenção da usina em Uruguaiana", acrescentou Antunes.
Na reunião de Buenos Aires o governo argentino responderá à proposta do governo brasileiro, onde a Argentina forneceria gás e o Brasil produziria energia ao país vizinho, no total de 300 megawatts. Frederico Antunes disse que o contrato teria duração de três anos. Antes disso, no entanto, a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) deverá promover o desligamento do contrato original das empresas que integram o contrato original, ou seja, CEEE, RGE, AES Sul e Eletropaulo.
Para Frederico Antunes, o impasse está perto de uma solução. "Houve grandes avanços e diversos encontros de negociação. Mas é certo que a usina será mantida em Uruguaiana e de que o complexo será reativado em breve", acredita o parlamentar. Participaram da reunião desta tarde o secretário de Energia do Ministério de Minas e Energia, Ronaldo Schuck, e o secretário-adjunto, Ricardo Homirch.
Na reunião de Buenos Aires deverão participar, além do ministro de Minas e Energia do Brasil, Edison Lobão, o ministro da Planificação, Serviços e Obras Públicas da Argentina, Julio de Vido, e o secretário de Energia, Daniel Cameron.
(Por Cristiano Guerra, Agência de Notícias AL-RS, 10/10/2008)