O pacote de medidas energéticas da União Europeia para combater as alterações climáticas vai custar 73 mil milhões de euros por ano até 2020, refere um estudo do grupo de peritos Open Europe hoje divulgado. O custo para Portugal das medidas a aplicar para alcançar os objectivos fixados pela Comissão Europeia está estimado em 980 milhões de euros por ano até 2020.
A Comissão Europeia fixou como objectivo para 2020 uma redução das emissões de gases poluentes com efeito de estufa em 20%, que inclui produzir 20% de energia a partir de fontes renováveis e incorporar 10% de biocombustíveis nos combustíveis rodoviários. “Estimamos que o custo deste pacote, no global, seja superior a 73 mil milhões de euros por ano até 2020 para a União Europeia a 25”, refere o estudo.
“Isto é equivalente a 160 euros por pessoa e a 650 euros por cada família de quatro pessoas”, acrescenta. A Comissão Europeia tinha estimado um custo de 156 euros por pessoa e por ano. O grupo considera que se tratam de custos “elevados e desnecessários”, sendo uma solução muito cara para combater as alterações climáticas.
“Numa altura de crise financeira, elevados custos de energia e um provável abrandamento da economia europeia, é essencial que o custo efectivo das politicas contra as alterações climáticas e redução das emissões de carbono tenham um impacto económico o mais baixo possível”, refere o estudo. O plano da União Europeia é considerado por este grupo de peritos como ”um erro”, afirmando ser “muito intervencionista e inflexível”.
(OJE/Lusa, 13/10/2008)