O número de mortos do terremoto que atingiu a Tchetchênia neste sábado subiu para 12, informou o Ministério da Saúde. Centenas de pessoas ficaram desabrigadas um dia antes das eleições regionais.
"Nós não podemos esquecer que temos eleições amanhã", disse o presidente Ramzan Kadyrov, em comunicado. "Elas precisam seguir adiante como um evento feliz para todos os moradores da Tchetchênia", continuou.
Segundo o Instituto de Observação Geológica dos Estados Unidos, o tremor foi de 5,9 graus na escala Richter e atingiu várias regiões do Cáucaso Norte russo.
As informações mais recentes apontam que 105 pessoas foram internadas em diversos hospitais da república, sete em estado grave, informou o ministério. Vários edifícios e casas desabaram e as infra-estruturas viárias ficaram seriamente danificadas.
Contudo, o responsável interino do Ministério de Situações de Emergência russo na Tchetchênia, Ahmed Dzheirajanov, citado pelas agências locais, confirma apenas seis mortos, entre eles uma criança de 11 anos, e 116 feridos.
Dzheirajanov disse ainda que cerca de 500 famílias ficaram desabrigadas e estão em barracas improvisadas na cidade de Kurchaloi, cerca de 20 quilômetros ao sudeste da capital, a mais atingida pelo tremor. Na cidade, ao menos cinco pessoas morreram e as paredes de um hospital local desabaram.
O ministério de Situações de Emergência informou ainda que o epicentro do tremor ficou no distrito de Shelkovsky e a magnitude foi de 5,5 graus. Já o Instituto americano informou que o epicentro foi localizado 40 quilômetros ao leste da capital Grozni e foi de intensidade 5,9 graus.
O Observatório de Ciências Terrestres de Estrasburgo (leste da França) dá uma outra informação, de que de 6,3 graus na escala Richter.
O tremor, que foi registrado após as 13h de Moscou (6h de Brasília), pôde ser sentido durante pelo menos 30 segundos.
O presidente Kadyrov ordenou a criação de uma comissão para avaliar as conseqüências do terremoto e lhe encomendou "tomar medidas urgentes para estabelecer a magnitude dos danos e a identidade dos mortos e feridos, e para prestar a ajuda necessária às vítimas".
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Folha Mundo, 12/10/2008)