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passivos da siderurgia
2008-10-10

Os chineses mudaram de idéia. Agora, querem que a Baosteel seja instalada ainda mais perto do litoral, cerca de 3 km. A mudança vai piorar a poluição na região, que segundo o ambientalista Bruno Fernandes, já está acima do permitido, prejudicando a saúde dos moradores e o turismo. A nova localização também desapropriará comunidades tradicionais.

A informação foi divulgada nesta quarta-feira (8), na reunião do Fórum das Entidades do Litoral Sul, que contou com a presença do secretário de Desenvolvimento Econômico, Guilherme Dias, em Anchieta.

Na ocasião, foi apresentada a Avaliação Ambiental Estratégica, contratada pela ONG de empresários ES em Ação, e realizada pela Cepemar, conhecida por fazer os estudos das grandes poluidoras do Estado, e pelo Instituto Futura, que segundo o Grupo de Apoio ao Meio Ambiente (Gama), que Bruno preside, não saiu às ruas, baseando-se apenas em dados literários antigos.

De acordo com o documento, as indústrias do Pólo Industrial de Anchieta (Pisa) devem ficar cada vez mais próximas ao litoral. Só que para isso, afirmou Bruno Fernandes, seriam desapropriadas as comunidades quilombolas de Monteiro, ao pé do Monte Urubu, a comunidade ribeirinha da Chapada do A e, provavelmente, a comunidade ribeirinha de Recanto do Sol.

Antes, o empreendimento seria instalado a 10 km do rio Benevente. A antiga posição também traria graves danos ambientais à região, pela proximidade com o manancial.

“O Movimento ES em Ação não aceita a proposta do pólo ser distante do litoral. A idéia é da ONG, apenas por uma medida econômica. Os empresários querem ficar próximos ao mar, para facilitar o escoamento, por exemplo, é uma questão política e econômica”, ressaltou o ambientalista.

Bruno afirmou ainda que a reunião contou com grande participação popular, principalmente representantes da área de saúde que conhecem a realidade da região. Também participaram representantes da Samarco, preocupados com o que ocorrerá à região após a instalação do Pólo em Ubu. Ainda assim, os questionamentos pouco foram respondidos pelo secretário Guilherme Dias.

A jogada

Ao mesmo tempo em que o secretário atendeu ao convite do Fórum de Ubu para esclarecer a população sobre a instalação do Pólo Industrial de Anchieta, o diretor-presidente da Baostell, Li Yasong, concede pela primeira vez uma entrevista à imprensa, confirmando que instalará a empresa em Anchieta até junho de 2009.

Segundo as entidades civis organizadas da região, a empresa sequer protocolou pedido de Licença Ambiental no Instituto Estadual de Meio Ambiente e Recursos Hídricos (Iema).

Coincidência ou não, o Fórum do Ubu irá se reunir neste domingo para definir sua posição oficial sobre o empreendimento. Para os ambientalistas, o fato da reunião com ter acontecido no mesmo momento da entrevista com o presidente da Baosteel, mostra que as duas partes, o governo e a empresa, não estão falando a mesma coisa à sociedade.

“Um confirma a vinda da Baosteel, enquanto o secretário afirma que nada está definido com relação às empresas que aqui se instalarão e que não devemos acreditar em tudo que lemos na imprensa. E ainda que tudo será feito dentro das leis e que a sociedade civil participará de todo o processo. Será mesmo?”, questionou Ilda Freitas, do Programa de Apoio e Interação Ambiental (Progaia).

Para Ilda, Li Yasong não daria uma entrevista afirmando a instalação, se não tivesse respaldo das autoridades do Estado. “O que parece é que querem nos pegar de surpresa na reta final”, alertou a ambientalista.

O presidente da Baostell divulgou ainda que uma comissão oficial do governo do Estado visitará a sede da empresa na China, na próxima terça-feira (14), para conhecer a siderúrgica. O grupo viaja dia 14 e volta dia 26.
 
A resistência ao projeto industrial do governo Paulo Hartung para a região é coordenada pelo Fórum das Entidades da Sociedade Civil Organizada do Litoral Sul do Espírito Santo, que hoje conta com 28 organizações. O fórum denuncia entre outros pontos que o governo estadual ignora que a poluição mata 400 mil chineses por ano, e aceita receber parte de sua indústria mais poluente, que é a siderúrgica.

(Por Flavia Bernardes, Século Diário, 10/10/2008)


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