O número de aldeões com problemas após ingerir água contaminada já chegou a 200 na Região Autônoma da Etnia Zhuang de Guangxi, no sudoeste da China, em comparação com os 136 registrados nesta terça-feira.
Testes médicos realizados no dia seguinte ao incidente (quarta-feira) revelaram que mais pessoas apresentam sintomas de envenenamento por arsênico. Dezenove pessoas permanecem no hospital para observação, enquanto outras receberam atendimento médico em casa, informou hoje o governo municipal de Hechi, onde aconteceu o incidente.
Todos os afetados já saíram de perigo e se estão recuperando. Mais de vinte médicos foram enviados pelo governo da região para dar auxílio. Moradores de duas aldeias no município de Hechi começaram a apresentar inchaço no rosto e olhos, vômito e fraca visão na sexta-feira passada, de acordo com o governo municipal.
Testes médicos descobriram quantidades excessivas de arsênico em amostras de urina dos moradores, afirmou Ge Xianmin, diretor do Instituto Regional de Prevenção e Controle das Doenças Relativos ao Trabalho. "Os aldeões foram ligeiramente envenenados e poderão recuperar-se entre nove e quinze dias com atendimentos oportunos", prometeu o responsável.
Medidas de monitoramento ambiental indicaram que a fonte de água das duas aldeias foi poluída por resíduos industriais de uma empresa metalúrgica que fica próxima. A empresa, cuja produção foi suspensa, descarregou resíduos ricos em arsênico antes de 2005 e os tóxicos entraram lentamente num lago, de acordo com a investigação preliminar.
(Agência Xinhua, Terra, 10/10/2008)