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cvrd emissões de gases-estufa
2008-10-09
Já está no ar um espaço na internet criado pelas entidades do sul do Espírito Santo que apontam os impactos ambientais e sociais da instalação de empresas altamente poluidoras na região, como a usina da chinesa Baosteel e da transnacional Vale. O blog, que convida os moradores a participar, está no ar desde esta terça-feira (7), informam os coordenadores.

A resistência ao projeto industrial do governo Paulo Hartung para a região é coordenada pelo Fórum das Entidades da Sociedade Civil Organizada do Litoral Sul do Espírito Santo, hoje com 28 organizações. O fórum denuncia entre outros pontos que o governo do Estado ignora que a poluição mata 400 mil chineses por ano, e aceita receber parte de sua indústria mais poluente, que é a siderúrgica.

No anúncio da criação do blog, Ilda de Freitas, Carlos Humberto de Oliveira e Bruno Fernandes afirmam que, com o espaço, “o Movimento Espírito Santo em Re-Ação ganha assim um importante instrumento de luta pelo respeito aos direitos dos cidadãos e à preservação do nosso patrimônio ecológico, paisagístico e cultural”.

E pedem a colaboração “com artigos e comentários, pois esse será o espaço de todos aqueles que o poder público e a mídia “oficial” querem condenar ao silêncio e à impotência”.

O Fórum das Entidades da Sociedade Civil Organizada do Litoral Sul do Espírito Santo critica os empresários do chamado Espírito Santo em Ação, organização a serviço do governo do Estado que defende o interesse das transnacionais, pouco ou nada importando com os impactos sociais e ambientais dos seus projetos.

O endereço do blog das entidades do sul é http://anchieta-es.blogspot.com/

Golpe nos moradores  -  O governo do Maranhão, atendendo ao apelo da sociedade civil, rejeitou a siderúrgica da Baosteel e Vale, que provocaria gigantescos impactos ambientais e sociais na região da capital. Paulo Hartung atraiu então a indústria para o Espírito Santo.
Pressionado pela Igreja Católica, que enfrenta a crescente concorrência das Igrejas Evangélicas, e não quer mais concorrentes na fé - o que ocorrerá com a chegada de budistas chineses - Paulo Hartung buscou terceirizar a responsabilidade pela atração da empresa. Conta para isso com a parceria do empresariado, entre outros setores.

A estratégia do governo não colou, e a comunidade do sul anunciou que se manteria em alerta. E acertou: Paulo Hartung continua, explicitamente, cuidando da vinda da siderúrgica para Anchieta. Mandou sua própria secretária de Meio Ambiente, Maria da Glória Brito Abaurre e um grupo de técnicos ligados ao licenciamento ambiental à China para ver como devem se comportar para liberar a licença da empresa.

Já está acertado que tão logo o pedido seja feito, será aprovado. O grupo conta com a experiência de quem licenciou, infringindo as leis ambientais, os projetos de expansão da ArcelorMittal Tubarão (antiga CST) e Belgo, do mesmo grupo, e da Vale, na Grande Vitória. As expansões finalizam a destruição ambiental da região, já saturada, embora as empresas, como fez a ArcelorMittal, anunciem novas expansões.

A informação sobre a mortalidade causada na China só foi divulgada no final de 2005. À época a mídia titulou: “Poluição ‘mata’ 400 mil pessoas todos os anos na China”, como fez a France Presse. A pesquisa, elaborada pela Academia Chinesa de Planejamento do Meio Ambiente em 2003, detectou que 300 mil pessoas morrem anualmente por causa da contaminação externa e outras 111 mil morrem em decorrência da poluição nas residências.

"São números moderados. A cifra real poderia ser mais elevada", disse à época Wang Jin"nan, engenheiro chefe da academia, durante uma conferência internacional sobre a poluição do ar. Esses números não foram divulgadas antes, segundo Wang, porque os governos, especialmente das províncias, acreditam que seria uma publicidade negativa, como informam os textos da época.

Parte desta poluição a China está terceirizando, e escolheu o Espírito Santo para a sua maior siderúrgica no exterior. A produção inicial anunciada é de 5 milhões de toneladas anuais, mas o projeto chinês da Baosteel é de 20 milhões de toneladas anuais em Anchieta. Será o dobro do que hoje produz a ArcelorMittal nas usinas de Tubarão e Belgo.

Nesta quarta-feira (8), às 14h, no Recanto do Sol, que fica nas instalações da Samarco, em Ubu, Anchieta, o secretário de Desenvolvimento Econômico, Guilherme Dias, estará presente à quarta reunião do Fórum de Ubu, criado pelo Ministério Público Estadual (MPE).

Será uma ótima oportunidade para que a comunidade ouça o governo Paulo Hartung através do seu estrategista na área econômica. A comunidade tem sérios questionamentos sobre a implantação do Pólo Industrial de Anchieta (Pisa). E deverá tratar particularmente da instalação da Baosteel, das quais o secretário é um dos defensores no governo.

(Por Ubervalter Coimbra, Século Diário, 08/10/2008)

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