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corrupção do petróleo política energética
2008-10-09

Em mobiização, organizações sociais exigem mudança de rumo da política econômica neoliberal vigente no Peru. Revelação de corrupção na Petroperu reafirma crise no governo peruano

O governo peruano suspendeu, no último domingo (05), a assinatura de todo contrato em que participe o consórcio Petroperu-Discover, formado pela estatal petroleira Petroperu e a norueguesa Discover Petroleum. A medida foi tomada após a denúncia de corrupção nos negócios entre a Petroperu e a empresa privada, em troca de cinco lotes de exploração de hidrocarbonetos.

O fato veio a público em rede de televisão, quando o ex-ministro do Interior Fernando Rospigliosi apresentou áudios nos quais o integrante do diretório da Petroperu, José Alberto Químper Herrera coordenava com Rómulo Leon- ex-ministro do primeiro governo do atual presidente peruano, Alan Garcia (1985-90)- diferentes ações dirigidas a favor da  Discover em troca de dinheiro.

As reações do governo peruano não demoraram. O chefe do Gabinete Ministerial, Jorge del Castilho, foi designado para anunciar em coletiva de imprensa as Resoluções Supremas, tomadas pelo presidente Alan Garcia.

Além do cancelamento dos contratos, decidiu-se pela destituição de José Alberto Químper Herrera do cargo de diretor da Petroperu. O Procurador Público do Ministério de Energia e Minas foi designado para iniciar as ações legais contra os responsáveis pelos delitos cometidos.

O ministro de Energia e Minas, Juan Valdivia, afirmou que nunca esteve envolvido nas ações de corrupção denunciadas no domingo, e disse sentir-se “indignado” pelo acontecido. Valdívia pôs seu cargo à disposição do presidente da República, que na segunda-feira(06) aceitou a renúncia depois de insistir na “honorabilidade” do ministro.

A ex-candidata presidencial e líder do Partido Popular Cristão (PPC), Lourdes Flores, disse na segunda-feira(06) que o escândalo de corrupção na entrega de cinco lotes petroleiros é a “primeira prova evidente da decomposição no governo aprista”.

Lembrou também que os dois envolvidos no escândalo são amigos diretos do presidente Alan García e enfatizou que “ Alberto Quimper Herrera, membro da diretoria da Petroperu, foi advogado por anos do presidente Alan García”.

Para Flores, o Executivo deve “acabar radicalmente” com a ação de corrupção mais grave da gestão de Alan García.

Protestos contra o governo
Organizações sociais realizaram na terça-feira (07) uma jornada nacional de protesto contra o governo de Alan García.

Em Lima, uma mobilização foi organizada pela Confederação Geral de Trabalhadores (CGTP), a maior central sindical do país, que chamou a população para expressar nas ruas sua insatisfação com a política econômica do governo e a alta geral dos preços.

Segundo o presidente da CGTP, Mario Huamán, a jornada exige uma mudança de rumo da política econômica neoliberal vigente no Peru desde 1992, bem como na política social e na ética do governo.

Já o Sindicato Único dos Trabalhadores da Educação (SUTEP) que congrega quase 300 mil professores, efetuará em paralelo uma paralisação nacional de 24 horas, que coincidirá com  as mobilizações regionais em Cusco, Arequipa e Ica e Amazonas.

A pauta de reivindicações inclui medidas contra a alta do custo de vida e dos combustíveis, a revogação das leis que criminalizam o protesto, a solução das demandas regionais e a defesa da soberania nacional. A luta pelos recursos naturais, o meio-ambiente, a integridade territorial e o patrimônio cultural, também integra a jornada de protestos.

O presidente da CGTP chama atenção para o fato de que, de acordo com pesquisas, a desaprovação ao governo tem crescido. Segundo Huamán, se as demandas das organizações populares não forem atendidas, serão tomadas medidas mais drásticas.

O governo, por sua vez, anunciou que militarizará o país para enfrentar qualquer eventualidade, como atos de violência contra locais públicos.

“Nós trabalhadores não queremos a militarização. O que exigimos é a mudança do modelo econômico por outro que se baseie no desenvolvimento nacional e que permita uma autêntica distribuição da riqueza”, declarou Olmedo Auris, dirigente do Sindicato Unitário de Trabalhadores da Educação.

No entanto, o governo de García sustenta que, por trás destas mobilizações, está em marcha um complô que busca desestabilizar ao país frente a proximidade do encontro de líderes das nações que formam o Fórum de Cooperação Ásia-Pacífico, a realizar-se em novembro na capital Lima.

(Brasil de Fato*, 08/10/2008)
*Com Prensa Latina e Telesur


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