Entre 50 e 75% das colônias de pingüins da Antártica se encontram em declínio e, inclusive, ameaçadas de extinção no caso de um aquecimento global superior aos 2 graus, revelou nesta quarta-feira um relatório do Fundo Mundial para a Natureza (WWF). Segundo os modelos climáticos examinados, uma alta de temperatura de 2°c pode acontece em 40 anos, recorda o WWF neste informe apresentado em Barcelona, onde acontece o congresso da União Internacional para a Conservação da Natureza (UICN).
Este aquecimento teria como conseqüência uma grande redução dos gelos dos mares antárticos que constituem o habitat predileto do pingüim Imperador e o pingüim de Adélia. O desaparecimento parcial dos gelos do mar também se traduzir numa diminuição do krill, base do regime alimentar dos pingüins.
"Os pingüins estão acostumados a viver no frio e em condições extremas. Com a contínua elevação das temperaturas e a diminuição das zonas de alimento e ninhos associadas, já ocorreu uma redução sensível das populações existentes", comentou Juan Casavelos, coordenador da WWF para a Mudança Climática na Antártica.
(AFP, 08/10/2008)